quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Será caso para preocupação?

A M. trocou a filha por duas Nancys! Passo a explicar, a miúda lá de casa sempre teve filhas. Filhas bébés, que choram, fazem xixi, cócó, têm cama ao lado da dela, precisam de biberon, de trocar fraldas, etc. Em dia de aulas ficam com a avó e precisam de muitos cuidados, embora de vez em quando sofram algumas quedas ou sejam vítimas da rajugice da mãe.

Mas este Natal foram trocadas! A Nancy enfeitiçou a rapariga, que deixou de querer ser mãe e quer andar de mota! As Barbies sempre foram para a prateleira, não a encatavam! Mas com a Nancy houve magia!

Agora o que é que eu vou fazer com as minhas supostas netas abandonadas? Cuidar eu delas? Na esperança que a mãe recupere do seu desejo de emancipação feminina ou será que a minha pequenita está a crescer? 

Ver Anexo
A tentação da abóbora...quando vejo uma, faço-lhe isto!


Um dia não são dias...

pois não! Mas quando num dia se come e abusa por 365 dias o resultado não me parace que seja bom. É uma suspeita que tenho!
E porquê? Porque comi tudo o que me pode fazer mal e em alguma quatidade, e hoje dia 26 ainda estou mal disposta!
Mas continuo a pensar e é o que vou dizer à médica: foi só um dia!

E agora Pai Natal?

Fiz a carta ao Pai Natal com o meu pedido. Para dissipar qualquer dúvida relatei o meu bom comportamento ao longo do ano. Pedi apenas um coisa! E para garantir que ele prestava atenção e levava em conta o meu pedido, terminei a carta com um ligeiro aviso. Envolvia renas e um pedaço de corpo de Pai Natal que não fica bem expôr, para bem da imagem de velhinho fofo e ternurento do senhor.

Pois bem, o Natal chegou. Meti-me na cozinha a preparar tudo o que faz mal mas que consola o paladar e a gulodice. E esperei a magia!

Estranhei não ter um pedido de NIB, mas acalentei o sonho de ter no sapatinho uma mala com o presente. Eis que quando chego a casa, já depois da meia noite para lhe dar tempo de fazer tudo como deve ser, vinda da fogueira comunitária da aldeia; não tenho no sapatinho mala, nem notas, nem moedas.

E inicio a execução do meu plano, mas olho com mais atenção para o sapatinho e vejo...vejo abraços que dão vida das quatro mãos mais fofas do mundo, beijos doces ( os mais doces do universo), vejo olhinhos brilhantes de alegria a transbordarem amor, vejo emoção da mãe quando me dá um abraço ( que quase me sufocou!), vejo o J. com uma alergia nos olhos que o fazia lacrimejar a olhar para mim e a sorrir.

E subitamente deixei de pensar em comprar a passagem de avião para a Lapónia. O meu milhão de euros foi entregue, até mais que um milhão. O que recebi foi um verdadeiro tesouro de valor incalculável, é certo que o recebo todos os anos, mas este Natal o tesouro foi ainda maior!

Pai Natal devo agradecer-te os presentes. Mas lembrar-te que quando pensas em mim deves ter sempre em atenção o último parágrafo da carta deste ano. É claro que me comprometo a ser bem comportada, mas não testes muito o meu comportamento em 2013, OK!

Obrigada e até daqui a um ano!



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

RESISTÊNCIA

Quem disse que não podemos viajar no tempo? Ontem viajei até aos meus 16/17 anos. Encontrei a miúda sonhadora e cheia de ideais que se foi perdendo com a vida.
Amei cada segundo, a banda esteve muito bem o público também.
Uma noite que não vou esquecer!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Detesto...

ouvir-me! Também é a minha voz, pareço um bocadinho esganiçada. Mas detesto ouvir-me a mim própria, ainda não aprendi a fazer e duvido que alguma vez o consiga.
Não sei deixar ir, não sei! Não sei abrir mão! Talvez por ser lutadora ou teimosa. Ou pior obcecada.
Gosto de tentar e isso tanto me faz sofrer. Mas se não tentar, fico parada a minha amiga apatia vem visitar-me. E talvez sofra ainda mais.
Por isso gosto de certezas. Gosto quando me contam o final. Porque aí sei que devo parar.
É hoje! A constipação está controlada, não tenho grande vontade de ir, a semana está um caos, os preparativos para o Natal um caos ainda maior.
Mas é hoje! E eu vou!

Gosto de...

afectos

beijos

abraços

palavras

olhos

mãos

liberdade

sinceridade
Está tudo bem, vemo-nos daqui a seis meses. É isto!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sr Primeiro Ministro,

Eu sei que ganhou as eleições de forma democrática, sendo que nessas eleições quem ganhou foi a abstenção o senhor teve todo o direito em formar governo. E assumir o comando de Portugal. Reconheço que herdou um país intervencionado, numa conjuntura miserável. Inserido numa Europa fragmentada e que ainda não percebeu que o futuro só pode ser de paz e prosperidade se estiver assente em alicerces sólidos, foi assim que nos reconstruímos e que mantivemos a paz ( graças a verdadeiros homens de estado e com sentido de responsabilidade, coisa que não temos nos actuais governantes europeus, que para além de serem desprovidos de competência não têm uma verdadeira visão europeia).
Também entendo que iniciou quatro anos de mandato "preso" a um acordo, mas relembro-lhe que foi negociado com a sua ajuda.

Depois deste enquadramento e para não dizer que sou mais um cidadão impertinente que só pretende lançar confusão e não o deixam trabalhar. Vou passar à verdadeira razão desta minha carta:

-Ser incompetente não é desculpa! Se não tinha experiência governativa, reconhecia as suas limitações e ficava sossegado aonde estava ( já agora o que é que fazia ao certo?).

-Colocar amigos nos Ministérios, que ainda por cima são também incompetentes, corruptos, mentirosos e quase analfabetos ( para o grau de exigência que se pretende para o cargo); só revela o lado A do vosso programa de governo. Pena que durante a campanha tenha exibido o lado B.

-Empobrecer o país, para dar o exemplo e castigar os portugueses porque andaram a gastar o que não tinham e torná-los em bons meninos; torna-o ainda mais incompetente e dá-lhe o rótulo de fachista.

-Querer controlar um canal, ter um jornal ao serviço e perseguir quem fala. Faz do Sócrates um anjo, lembra-se das intervenções que fazia na altura? A liberdade que tanto reclamava? A sua educação foi muito autoritária e isso são recalcamentos da infância? Calma, não somos crianças ao deu dispor e o senhor o nosso mestre. 

-Dizer baboseiras atrás de baboseiras demonstra não só a falta de preparação como também a falta de estratégia do governo que o senhor lidera. Tem de fazer os trabalhos de casa diariamente e os seus colegas também!

-Andar a reboque da Merkl, leva-nos a dois caminhos ou o senhor tem um fetiche por alemãs anafadas ou tem um queda por regime liderado por um senhor de bigodinho que também serve de inspiração à mesma alemã anafada e também incompetente.

-Ser estúpido e  não ter consciência que está sozinho, ( sozinho não tem os outros parasitas agarrados)  que
as suas políticas estão a destruir um país e uma sociedade. Também não é abonatório. 

-Mas vir bater nos refomados para condicionar o PR e quem de insurge contra este orçamento, é um pouco demais! 

Por todas as razões acima descritas o senhor nunca devia ter chegado ao cargo que ocupa. Mas estas últimas intervenções deveriam ser as derradeiras baboseiras. Deverias ser aquelas que o levassem de volta ao mercado de trabalho. Ao desemprego, porque o senhor não ia ficar deprimido, ia ser uma janela de oportunidades. Ou então podia emigrar para a Alemanha, tem lá amigos. Mas atenção os alemães gostam de competência. Como estamos numa quadra de solidariedade vou-lhe dar um conselho, com o seu curriculum não se candidate a nenhuma oferta de emprego, aí sim fica deprimido. Nunca vai passar na triagem para a 1ª entrevista. Espere, agora estava eu a ser estúpida, isto funciona por compadrios. O senhor sai e consegue um cargo numa empresa pública qualquer, ganha umas massas e ri-se de parvos como eu!

Ok, admito os parvos somos nós!!!! Mas pense que um dia tiramos as palas....





Ai que nervos!!!!

Sexta molha em cima porque tive que distribuir as crianças pelos acantonamentos.
Sábado dia de ida aos shoppings para comprar algumas prendas.
Domingo dia de pânico...
Segunda dia de trabalho.
Terça...vamos ver.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Afectos

Os afectos talvez sejam o nosso suporte de vida e o nosso bombom na vida. Mas essa mesma vida leva-nos a descurar ou até a abandonar certos afectos.
Estamos no Natal, a época em que todos nos lembramos que devemos ser solidários, amigos, desejamos paz e tiramos tempo para a família. Por muito bonito que seja, não deveríamos ter uma época para. Por isso deveria ser Natal todos os dias.
Mas voltando aos afectos, nem sempre é fácil falar com alguém sobre o que sentimos. O que parece um contra senso, se amamos  porque nos custa tanto falar sobre os nossos sentimentos? Lembro-me das relações pais e filhos, por vezes passam anos afastados, não falam sobre os medos ou as alegrias ou as dificuldades, nem tão pouco mencionam: amo-te! Uns nunca o chegam a fazer, e é depois de uma partida que nos arrependemos das que ficaram por dizer, e lá vem alguém consolar: "deixa lá ele/a sabia que gostavas muito dele/a". Será que sabia? Ou gostava de o ter ouvido? Gostava que aquela boca e aqueles olhos lho tivessem dito e isso levasse a um abraço, nada é melhor que um abraço para recebermos e darmos amor!
Um bombom fora de tempo não tem o mesmo sabor, e para ser saboroso tem de ser degustado levemente. Os afectos são bombons, doces, para consumir dentro do prazo de validade, saboreá-los com os olhos e olharmos para eles docemente!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Classe média...

este grupo de pessoas era composto por trabalhadores que ambicionavam ter uma carreira, uma vez que a profissão já estava definida e lhes permitia alguma tranquilidade. Ambicionavam pagar a sua casa, e se possível fazer um upgrade à mesma, adquirirem cultura (por espectáculos, livros, etc), conhecerem outras culturas, proporcionar uma boa educação aos filhos (dar-lhes as melhores ferramentas para o futuro), terem férias (para descomprimir e ter tempo de qualidade em família).
No nosso país essa realidade foi brutalmente arrasada. Esse grupo de pessoas teve que alterar os seus projectos e o seu modo de vida, ou porque ficaram desempregados, ou  viram os rendimentos diminuídos, o dinheiro deixou de chegar para extras!
Esse grupo de pessoas deixou de ser classe média! Essa classe deixo simplesmente de existir.
Os privilégios acima descritos estão apenas ao alcance dos ricos! Os outros, os outros são pobres! É desta forma que se caracteriza a nossa sociedade.

Mixórdia de temáticas

O meu filho de 10 anos é fã, da Rádio Comercial e do Ricardo. Ouve a rubrica, comenta-a comigo e esclarece o que não percebeu. Obrigada Ricardo por me permitir ter momentos sem stress com o meu filho que continua em guerra comigo. A mixórdia é o nosso tempo de tréguas.

Próximo passo cortes na saúde

Diminuir camas e tempos de internamento. Estamos a tratar de quê? Até quando vamos aceitar estas medidas? Até quando vamos suportar estas atrocidades?
Há hospitais a atrasarem cirurgias, outros que não têm medicamentos. Como é que se pode destruir um país impunemente? 
Estamos atrasados para lutar, lutar pelos nossos direitos, lutarmos por termos governantes capazes, lutarmos para que a nossa soberania nos seja devolvida, lutarmos pela nossa integridade e sobrevivência.
Eu estou pronta!

Anne Hathaway

A mulher acreditou nas profecias e decidiu mudar tudo! A roupita foi roubada a uma gótica, de mau gosto, podia ter escolhido uma gótica mais fashion. E depois mostrou tudo. Agora vem lamentar-se, ah  não sabia, não reparei coiso e tal. Oh filha se a sair do carro a sai sobe eu dou conta, como é que tu não dás conta que estás a apanhar aragem nas intimidades? Querida ouve-me: fica mal! é um pouco Paris e tu não precisavas disso!
RESISTÊNCIA - Campo Pequeno 19/12

EU VOU!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Blogs masculinos

Estão em menor número, mas têm vindo a ganhar terreno. As mulheres estão sempre à procura do que é que eles acham, a tentar saber do que é que eles falam e a tentar percebê-los.
Mas há um género de blog masculino que não me convence, os fashion. Até os há bem feitos, bem escritos, mas estar sempre a ver o senhor a posar com as calças A as B, a camisa C. Dá-e nos nervos|

Publicidade e mais publicidade

Há blogs que gosto e sigo regularmente, mas enveredaram por um caminho que me deixa triste como leitora. O da publicidade! São os eventos aonde vão, é a peça gira da XPTO, é o concurso, etc.
Irrita-me!

Despedir é mais barato

Estão os senhores jornalistas, que despedir vai sair mais barato. Não sou especialista mas devo esclarecer os senhores governantes que, se as indemnizações forem mais baixas, o valor em impostos também será inferior Depois digam que têm de carregar outra vez em novos impostos!
 Os únicos beneficiados serão os empresários, mas esse benefício vai permitir salvar empresas! Quantas empresas têm tiveram um retrocesso na sua rota descendente por ter feito despedimentos? Quem os faz é porque não consegue elaborar uma estratégia adequada ao mercado e opta pelo mais fácil. Mas não é enveredando pelo facilitismo que faremos produtivos. Temos exemplos de empresas de sucesso que mantiveram as suas equipas, elaboraram estratégias, objectivos e todos trabalharam para o alcance dos mesmos. O governo pretende que o tecido empresarial siga o seu exemplo, gerir com desnorte!

Neste post apenas refiro a questão de gestão, não falo nas dificuldades financeiras das famílias que vendo-se privadas do seu trabalho ainda têm que lidar com indemnizações mais baixas. E uma única palavra  resume esta palhaçada: VERGONHA.
O pré adolescente que habita cá em casa está a pôr-me à prova! Logo hoje em que diz-ser o último do mundo, foi para a escola sem me dar beijo. Quando o for buscar espeto-lhe uma mão cheia de beijos, um abraço e ainda lhe dou a mão ( eu sei o quanto ele detesta estes afectos à porta do ATL, as miúdas podem ver)! É a minha pequena vingança. E só não o trago ao colo porque o tamanho dr criança não o permite.

Ogres e Matrafonas

Todos nós temos dias na nossa humilde existência em que nos sentimos uns belos ogres ou umas anafadas matrafonas. Isso faz de nós o quê? Seres deprimidos? Como é que os outros nos vêem? Nem reparam? Reparam e não lhes afecta a nossa imagem? Pelo contrário essa imagem cola-se a nós?
Uma boa auto estima torna-nos seguros e confiantes, e essa confiança passa para fora! Quando coloco um belo salto, sinto-me muito mais poderosa do que quando calço uns rasas sabrinas, por mais giras que sejam! 
Mas então que fazer? Calçar salto alto à matrafona? E zás transforma-mo-nos qual Gata Borralheira? Ou parar esperar pela fada madrinha e procurar o porquê de entre tantos "bonecos" ter-nos calhado logo a matrafona?

O amor é....

Será que a definição de amor, e falo no sentido de amor entre duas pessoas e não de afecto por família ou amigos, é igual para todos? 
Não sei! 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dançar ao pôr do sol...

Parece uma ideia doida, mas para mim é uma cena de filme. Romântico!!! Imagino a cena, passear na cidade, se for Lisboa pode ser no Castelo. Ver a tarde ir embora e de repente os dois iniciam uma dança, silenciosa mas com ritmo. Não há frio, vento ou inicio de noite que se interponha entre os dois. A música acaba e seguem de mão dada a rir.
É parvo! Mas gosto de parvoíces!

11 de cada mês

Para mim é o meu novo aniversário, não comemoro anualmente o 11/09, mas comemoro o dia 11 de cada mês! O Dr  Domingos Coiteiro e equipa foram responsáveis por este renascimento e prometo aproveitar esta vida melhor do que a outra. Como? Sendo fiel, a mim própria.
O 11/09 mudou o mundo e é um dia que ficará para sempre marcado na história, lembro-me que estava de férias em estado de graça e plena felicidade. Estava à espera do meu primeiro filho! Desde cedo soube que era grave e que as consequências iriam ser incalculáveis. Apesar de estar a ver em directo, não queria acreditar nas imagens e pensei que fosse tudo menos real.
Alguns anos depois o 11/09 para mim passou a ser um dia de transformação mas pela positiva! Irónico, não é?

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

portei-me bem durante o ano!
Trabalhei com afinco até ao dia de ser vitima de despedimento colectivo, paguei os meus impostos mesmo quando tive que recorrer aos serviços de saúde privados (também foi só um craneotomia), suspendi a minha baixa médica ao fim de três semanas  apesar de ter ainda outras três, mas não quis prejudicar a empresa (a mesma que me despediu 2 semanas depois), nem sobrecarregar o estado em tempos de crise ( o mesmo que me fez pagar 74€ por um noite no hospital, a dormir no corredor numa maca e com um cobertor  a servir de almofada (obrigada senhor enfermeiro por me tentar colocar confortável)). 
Fui compreensiva, mesmo com os senhores da Segurança social quando me disseram que não tinha direito a subsídio de desemprego (porque não tinham actualizado o meu processo). 
Paguei os meus créditos, mesmo quando o banco se enganou e quem teve que pagar as comissões fui eu.
 Fui amiga, solidária, empenhada para com todos os que me rodeiam, mesmo quando estava doente e precisava de apoio e todos andavam tão ocupados que se esqueciam dos minutos que passava sozinha  
Não perdi a fé, mesmo quando fui confrontada com a incerteza, limitei-me a perguntar porquê eu? E depois aceitei.
 Comi sempre tudo. Mesmo quando fiquei a dieta, deixei de comer pão e passei a olhar apenas para iogurtes de soja. Nem assim fiz birras!
Se ainda tiveres dúvidas: não fui respondona e mal educada mesmo quando me disseram e fizeram coisas horríveis, como por exemplo " tenho um familiar de que morreu com tumor na cabeça". Vê lá tu que nem nessa altura parti as trombas a ninguém. Perdoa-me a palavra feia que acabei de escrever.
No entanto peço desculpa por qualquer traquinice que possa ter feito, prometo ser ainda mais bem comportada no novo ano. Devo no entanto avisar-te, desde já, que se for um ano do calibre deste, vou ao Pólo Norte pego nas renas e enfio-tas...bem depois vês não quero estragar a surpresa!

Como já vai longa a carta deixo o meu pedido (dado que estamos em crise e não devemos ceder ao consumismo) peço de presente só: UM MILHÃO DE EUROS!!!! Acho que os mereço. E acredita que os vou empregar muito bem! Não fiques preocupado, porque não vou perder a cabeça! Também te dou a minha palavra que com eles vou conseguir fazer o bem e ajudar alguém que se tenha portado tão bem quanto eu!

Despeço-me com muitos beijinhos natalícios  na expectativa de ver o meu pedido atendido.

Grata,

Teorias




É fácil

Almocei com a M., fui buscá-la à escola e viemos para casa almoçar. Foi maravilhoso, ver aquela carinha feliz e de olhos cheios de amor. É o máximo que posso desejar.
Não houve birras, chatices, nada. Tivemos um almoço calmo e um regresso à escola muito bem disposto. Foi cedo porque ainda queria ir brincar com as amigas ( e gabar-se que tinha almoçado com a mãe). Eu fiquei a vê-la a saltitar, a saltar à corda. E agradeci a Deus por me ter dado a oportunidade de gerar aquela vida tão doce, agradeci por me deixar vê-la todos os dias. Enchi o coração de amor, orgulho, ternura, tudo e tudo. Carreguei baterias! 
Amanhã tenho encontro com o J.!

Alexandra...Alexandra

Tenho lido tanta coisa sobre a mudança da Alexandra Lencastre, cada um tem a sua opinião. Mas a maioria ficou chocada com as fotografias da senhora  Uma mulher linda, sexy e sem auto estima.
Não critico, cada um faz o que quer consigo, sou a favor da liberdade individual. 
Se me submetia a intervenções estéticas? Actualmente digo de imediato: não. As minhas rugas, que nos últimos meses se reproduziram como coelhos na minha cara, lembram-me o que já ri, o que já chorei; o que já vivi! Sou assim. Apesar de quando entro no elevador, olhar para mim e ver o quanto envelheci e sentir uma ponta de frustração, de tristeza. Mas de repente penso no quanto isso me tornou mais forte e me ajudou a conhecer-me melhor.
Não sei se ao fazer algo para rejuvenescer me iria reconhecer, se me sentiria eu. Mas aprendi há muito a não dizer NUNCA.
Quanto à Alexandra, acho que não havia necessidade. Mas se ela se sente bem e se a torna mais confiante, porque não? O que é que têm os outros a ver com o assunto?

A loucura...do futebol

Ontem estive a ver o derbi, em casa com o J. e o J., eu Benfica e eles fanáticos pelo adversário. Há muitos anos que se instituiu uma regra, ninguém discute futebol lá em casa. Assim evitam-se as chatices. 
Mas o motivo pelo qual escrevo é a loucura que toma os adeptos em dias, momentos de jogo. Quando o Sporting sofreu o 2-1, um adepto aparecia nos ecrãs do estádio como se estivesse a lutar por algo verdadeiramente sério. Cá em casa, apesar de não haver muitos comentários ( porque também não há festejos) viam-se as caras de preocupação, desilusão.
É só um jogo! Mas para os  adeptos ( quase todos de sexo masculino) é bem mais que isso,  é o canto das sereias dos tempos actuais. Eles ficam alheios a tudo o que os rodeia e lutam, jogam, correm, treinam, fazem a arbitragem, comentam. Tudo em noventa e poucos minutos, sem saírem do lugar. E quando estão a perder ficam com ar enlouquecido, que acho que eles se se vissem nessa altura não se reconheciam.
Depois quando se houve o apito final, regressam ao seu corpo e continuam a viver, normalmente!


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Cá em casa já é Natal

As decorações estão feitas e ficaram bem giras. Consegui ter vontade, sentir felicidade ao colocar os enfeites. E isso para mim é o meu presente de Natal, o melhor que podia ter!
Fazer a árvore de Natal é a quatro, ou melhor, a três. Desde que tenho um rapazinho crescido os meus ajudantes sofreram uma baixa. O meu filho não "acha piada" à árvore, nem a nada que implique ajudar. É calor que isso está ligado a umas determinadas chatices que temos tido os dois.
Mas voltando às decorações, gosto do meu marido a rabujar porque acha que já são muitas coisas, da M. a pôr coisas umas em cimas das outras, deles os dois a colocarem os enfeites na porta e eles caírem logo de seguida. Essa agitação passa para o dia 24, entramos na cozinha os quatro logo pela manhã, e passamos o dia a cozinhar para a família. Mas por volta das 15h. já estamos todos a reclamar uns com os outros, às 16h já despachei o marido e os pequenos para a sala e estou a praguejar sozinha na cozinha! Mas é bom!  
A comida é oficialmente "provada" por três peritos, que em caso de desatenção provam até demais. Quando chega a consoada, eu estou cansada e feliz, os pequenitos não têm fome e o marido está fresco que nem uma alface a usufruir da companhia e da boa mesa.
Em suma, estamos a postos para o Natal! Ou melhor, eu estou pronta para o Natal!
Conversar é tão bom! Em tempos de crise e de depressões é bom quando temos conversas desprovidas de assuntos sérios: crise, desemprego, política, perspectivas para 2013, etc. Acabamos sempre com incertezas maiores e com esperanças reduzidas.
Por isso recomendo conversas lights, faz bem descontrair e aliviar um bocadinho os dias cinzentos pelos quais estamos a passar.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Poliamor????

Estou a ouvir um programa da tarde na tv, onde se discute o que é o poliamor. Com testemunhos de um homem e de uma mulher. Poliamor consiste em ter uma relação aberta, não haver ciúme e ser possível mais que uma pessoa ao mesmo tempo. Negam a bigamia, porque a consideram um forma mais burocrática da relação.
O senhor tem duas companheiras, a senhora incentivou o companheiro a não largar a amante porque iam sofrer os três. 
Será mesmo que conseguimos amar mais que uma pessoa ao mesmo tempo? Como diz o outro: " desde que seja por mútuo acordo e ninguém se magoe, tudo é aceitável"! Mas custa-me acreditar que alguém fique de ânimo leve por partilhar a pessoa amada com outro.

Saco de água quente...

adoro! A temporada cá em casa é de Novembro a Março, podem chamar-me de velha e mais não sei quê. Mas não durmo sem ele!

Uma família muito moderma

Adoro esta série. É bem disposta, ligeira, o ideal para o serão. Não vejo sempre, mas sempre que consigo dou uma espreitadela e ontem fez-me levar às lágrimas, de tanto rir! Porque retratou os homens de forma tão fiel que o resultado foi hilariante.

Em resumo, o pai estava na sala a fazer um discurso para uma conversa e os filhos iam descendo um a um para fazer alguma coisa e ele lá os ia despachando  Eis quando entra vinda da rua a filha mais velha de sapatos na mão para não ser apanhada a chegar a casa fora de horas. O pai a falar em voz alta parecia que a tinha topado, e ela ia tentar justificar-se, quando ele nem percebe que ela vem da rua, acredita que ela estava a experimentar roupa e trazia os sapatos na mão ele ainda lhe pede para ela os calçar para que ele possa opinar. É ou não é coisa de homem? Quando é que a mãe levava mais de 30 segundos a começar o rol de perguntas e a delinear o castigo?


4.75€ é a diferença entre ser-se humano...ou lixo humano

Li hoje no jornal que uma criança não almoça na escola porque a mão deve 4.75€ em almoços. Apesar desta notícia ter gerado uma onda de solidariedade, a escola não reencaminha os donativos para a família.
Sem saber os pormenores da história, o que está aqui em causa é a humanidade. Como é que se diz que não, a uma criança que deve e ter o direito a almoçar? Se há pais negligentes, que até podem gastar o pouco que têm em vícios? Há! Mas vamos penalizar crianças?
Que tipo de profissionais são estes? Que sociedade é esta? 
Entretanto a escola já reconheceu o direito à criança a ter subsidio de almoço, mas só agora porquê?
Estas situações revoltam-me, tenho dois filhos e talvez por isso isto me magoe tanto!

Luzes de Natal

A magia do Natal para mim começa quando as luzes de Natal se acendem, adoro ver as cidades iluminadas. cheias de luz. trazem-me esperança, sonho, magia, sei lá são sentimentos bons. Com a crise cada vez menos cidades se iluminam, e é pena. Todos estamos tão cabisbaixos, tão cinzentos, precisamos de luz e de esperança. Seria bom que os custos não fossem tudo!

Prazo de validade

As tatuagens têm prazo de validade? Ou seja nós temos prazo de validade para as fazermos?
Gosto de as ver, e para mim sempre foram um acto de rebeldia, nunca fiz nenhuma. Por cobardia, por serem eternas, etc.
Entretanto comecei a pensar que era velha demais para as fazer, mas a ideia voltou. Corro o risco de ser rotulada de adulta em crise da meia idade? Como os homens quando compram carros vistosos ou se fazem acompanhar por jovenzinhas!
Não me quero vestir de tatuagens, nem quero um quadro nas costas. Quero uma coisinha discreta, no pé talvez, para se tornar ainda mais discreta. E algo com significado para mim, mas tenho tantas dúvidas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Manual para pré adolescentes, por favor?

Não há? 
Porque não? Aqueles pequenos seres são complexos o suficiente que justificam o investimento em alguém que se dedique a escrever um manual de instruções.
Porque é que eles tão depressa dizem "não quero" e cinco minutos depois já querem? Não querem mimos, mas depois saltam-nos ao pescoço, e esborracham-nos com beijos? São responsáveis, mas se não andarmos atrás deles perdem a cabeça?
Ajuda....é que ainda tenho outra criança que em pouco se torna pré adolescente, mas é uma miúda. O que acho que complica mais as coisas! As gajas são lixadas!

O casamento é uma convenção social?

Podemos ser empurrados para o casamento? Porque é o que a sociedade nos exige? Após um namoro longo, o próximo passo é o casamento. E em poucos anos ter filhos. São as regras instituídas socialmente. Correcto? Ou actualmente esse caminho já não é feito assim? Já não há esse peso?
E digo peso porque há uns anos atrás era assim. Muito poucos tinham a coragem de dar um passo atrás, porque tinham chegado à conclusão que aquele amor não era tão grande assim, ou porque tinham outros objectivos de vida.
Quantos casamentos foram ricamente celebrados nestes pressupostos  e quando passou a festa os noivos perceberam que não era aquilo que queriam? Ainda nos anulamos pelo socialmente correcto? E depois, temos coragem para dizer que erramos? Ou continuamos no mesmo trilho, para evitar julgamentos sociais? 





Árvore de Natal

Este ano quero uma natural, quero o cheiro a pinheiro cá em casa. Não sei aonde a vou comprar, porque não quero uma árvore que depois vai para o lixo. Quero replantá-la!

Mas tenho de me despachar, porque tenho duas crianças à beira de um ataque de nervos!

Palavras leva-as o vento. Ou talvez não....

CHANEL Nº 5

Apetece-me comprar! O Brad Pit vende-o tão bem, não por ser aquele Deus. Mas porque tudo resulta naquele spot, a troca de uma mulher estonteante por um homem que fala para nós, com uma voz doce e rouca ( que deixa qualquer mulher ko) e depois porque o filme percorre o glamour, a aventura e o mistério.
Não é o meu perfume favorito, apesar de o considerar mais que um simples perfume, é uma peça. Uma peça de bom gosto, uma peça de desejo.
Mas agora desejo-o!
Este é o objectivo da publicidade, não é? 


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Quem fica no coração?

Amores, família, amigos e etc. Mas no meu ficam alguns homens muito especiais, calma, são ex- colegas, que cuidaram de mim como se fosse a princesa lá do castelo. Quando fiquei doente, não deixei de trabalhar, mas havia a preocupação de ficar sozinha e voltar ter crises epilépticas  não podia conduzir, tinha que tomar os medicamentos a horas, etc. E fora de casa aqueles homens zelaram por mim. Durante cinco meses deram-me boleia, lembraram-me da hora dos medicamentos, vigiavam-me, obrigavam-me a comer, diziam disparates para me distrair!
Durante cinco meses ajudaram-me a suportar cada dia!Estão num cantinho do meu coração para o resto da vida! 

Gosto de....

verdade. A mentira, a falta de verdade mesmo que por omissão, doí. E não acredito em mentirinhas piedosas.

Estilo...disse ela

Leio a Pipoca diariamente e hoje a Cocó tem um post sobre estilo. Eu como ela não tenho pachorra para me "abonecar" todas as manhãs. Mesmo quando estava a trabalhar à hora de sair de casa já tinha despachado os miúdos e feito 1000 coisas, e entrava às 8. A essa hora ainda nem os olhos tinha bem abertos.

Agora que estou em casa não passo o dia de pijama, arranjo-me como se fosse para o trabalho. Mas confesso, nunca vou ser uma mãe cheia de estilo. Tenho aquela invejazinha das mães que logo de manhã parecem saídas de uma revista! Se ler o livro da Pipoca me fizesse ter mais paciência.... mas acho que os meus genes estão formatados para ser gira só de vez em quando. E o que me dá cabo nos nervos é que gosto de me produzir e depois passo o dia todo a olhar para as outras e a chamar-me, de minuto a minuto, lambona!

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Gosto de ...

viver outras vidas, sonho muitas vezes acordada!

Uma tarde chuvosa

Ela estava sentada, toda enrolada na poltrona branca  com roupa confortável:  meias de lá, calças, t-shirt de algodão e casaco de malha por cima. Roupa de casa adequada a um dia chuvoso e frio de Outono, sem nada de especial para fazer, só descansar. Nas mãos segurava um livro, ler é uma paixão. Um livro transporta-a para outras vidas, outras realidades, outros sítios. Música, sim a música é sempre indispensável para ela descontrair, nos phones as bandas favoritas em play.

Ele deitado no sofá a dormitar.

Lá fora o tempo cinzento, a chuva a cair de forma assertiva, ela levanta os olhos e olha pela janela. Contempla a paisagem, aquela paisagem que ela tantas vezes desejou. Pelas janelas amplas, a substituírem paredes, admira o jardim, as árvores a vergarem à força do vento e ao peso da chuva e sente-se bem. Sente-se em casa, como foi difícil chegar a este estado de espírito.

 Não o ouve aproximar-se, sente só o respirar dele no pescoço, as mãos nos ombros, aquelas mãos fortes e largas que quando lhe tocam a fazem perder a força, não a deixam oferecer qualquer resistência, a fazem ser dele. Ela larga o livro, pára a música e ouve o sussurro dele ao ouvido " vem para o sofá comigo, quero-te perto de mim".  Seguem os dois de mão dada, sem palavras, deitam-se como se de uma dança se tratasse. E ficam ali, sem falar, abraçados, com a certeza de que o único sítio aonde querem estar é ali.

Mais tarde vão perder-se na boca um do outro, no corpo um do outro. Amam-se como se fosse a primeira vez. A calma que até então reinava naquela sala é  interrompida é pela loucura dos dois. Depois, bem depois o mundo volta. E cada um tem que entrar nele, o Outono ainda vai a meio e trará mais tardes para eles.

tranquilidade

é o que sinto quando ouço esta musica.

Vale a pena comprar lingerie

Compramos para nós? Ou para eles?

Preocupamos-nos tanto com a lingerie. Compramos para surpreender, para ficarmos mais apetecíveis, para  que cada peça seja tirada com desejo (gostamos que sejam arrancados à bruta e outras vezes o mais devagar possível - eu sei, somos bipolares). Mas o que é que os homens querem?

Querem encontrar a pele nua ou mais uma peça de roupa? Olham para  a lingerie? Ou vêm nela mais um entrave?

Mesmo quando estamos vestidas, como é que eles nos imaginam? Notam que estamos sem ele e sentem ainda mais desejo? Ou preferem o mistério e imaginar como vão retirar cada peça de roupa?

É verdade que nós nos vestimos para nós e para as outras mulheres. Mas e os gostos deles não deveriam contar?


O amor é violento?

Esta ideia foi roubada do blog, mas é esclarecedor sobre cuidados a ter quando se tem sexo ou se faz amor. Mas vale prevenir do que remediar?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Não ouvem bem?

O meu filho mais velho nunca faz as coisas que lhe peço, para as fazer tenho de me cansar a repeti-las. Houve tempos em que pensei que a criança não ouvia bem, mas depois de uns testes caseiros, que consistiam em perguntar-lhe coisas como " queres jogar", "queres um jogo novo" e mais uns quantos. Conclui que tem uma audição perfeita. O problema mesmo é a obediência!
Andamos de candeias às avessas e de cara feia para ele, ainda assim o puto tenta sempre testar as minhas capacidades de resistência!
Pensa que vai ganhar esta guerra. Está tão enganado!

E a outra, está a tentar fazer o mesmo. Mas já viu que as perspectivas não são auspiciosas.


Fui ver um concerto do querido Brian Adams, na praia à noite, no meio de uma cantiga e umas danças o próprio abraçou-me. Ainda me deu um autógrafo, dancei, cantei e namorei.

Bom não? Tudo isto a noite passada na minha cama e a sonhar!
Estou vazia...vazia de tudo...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mas que merd@ é esta?

Parece que é a frase favorita da dona do ATL dos meus filhos! Bonito, uma senhora esforçada em educar as crianças e jovens, não é? Ao contrário do que se possa pensar não digo asneiradas  ultimamente escrevo-as com demasiada frequência, mas por desabafo. Os meus filhos não os ouvem em casa e são educados a se ouvirem não repetirem. Mas com exemplos destes é difícil, principalmente em miúdos que tendem a querer afirmar-se e a vincarem a sua não "bebezice". 

Estou a ponderar se uso esta frase no inicio, no meio ou no fim da próxima conversa que tiver com a senhora! Provavelmente não a vou usar em parte nenhuma, mas que me apetece, ai isso apetece!!!!!

PUT@ QUE PARIU - parte III

Fui surpreendida pela rapidez da S social a responder ao meu processo de desemprego, 1 semana. Parabéns! Só tenho um pequeno problema: foi indeferido! Porquê? Parece que não estou desempregada, tenho um cargo na minha ex empresa, a qual está suspensa em IVA ( e só não está  encerrada porque ainda estou a pagar ao banco as dívidas), informação gentilmente  cedida via atendimento linha directa: 808 266 266. Ainda assim e como a assunto é sério demais, fui passar uma manhã à loja do cidadão. Afinal estou desempregada, mas os documentos entregues em Janeiro não constam do meu processo, mas tenho cópia do recibo de os ter entregues!

Em suma, tenho que recorrer para que os senhores me façam o favor de juntar o processo e ir acendendo velas à Nossa Senhora, sempre deve agilizar o processo. E continuar aguardar!

Cada dia que passa só tenho 3 palavras para este pesadelo que atravessamos: PUT@ QUE PARIU.
 

Com ou sem barba

Sempre tive o meu gosto e nunca pensei que fosse tema de debate, entre o mulherio, a cara limpa ou não dos gajos. Tinha como assuntos em destaque o rabo, as mãos... Pois que me enganei, para variar, a barba ou a falta dela tem o seu quê de erótico.

Pela minha sondagem, feita entre seres do mesmo sexo e na faixa etária dos 35 aos 40, a estatística está claramente a favor do homem de cara limpa, porque não arranha, é macio e tal. Pois, mas é aborrecido!

Faço parte da minoria que se interessa por uma barba de pelo menos três dias, caras lavadas tiram o charme. Gosto do picar da barba num beijo, e se for em outros lados que não a cara melhor! E dei conta que tal como os machos olham para as nossas maminhas, eu olho para as barbas. Logicamente que não gosto de uma barba esgadelhada ou mal tratada, mal comparado seria como ver um par de mamas injustiçado pela peça de roupa que lhe ia em cima. A barba não pode ser resultado da preguiça diária, tem de ser cuidada e se assim for o charme é outro!


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CALIFORNICATION

A série não, não me diz muito. A música gosto, mas baixinho, o meu cérebro ainda não o permite ouvir como deve ser...alto.

Y me fundiré en tus labios, como se funden mis dedos en el piano.

Ok, é azeiteiro. Mas é de arrepiar!

Amor é sentir isto...

Ter este diálogo com a minha filha de 7 anos, que é doce, doce, doce...., quando lhe calçava os patins para a patinagem artística, que ontem era ao som de música:

M.- Mãe esta música incomoda-te

eu - Não.

M. - fico sempre preocupada contigo quando há música alta, tenho medo que te incomode.

Olhar aqueles olhos e ver que o que ela dizia vinha do coração, deixa-me completamente desarmada, só a consigo abraçar e dizer-lhe que estou bem e já posso fazer tudo. Mas quando ela se afasta, tudo doí, porque me doí pelo que ela sofreu e pela preocupação que ainda tem comigo. A M. sempre reagiu de uma forma muito adulta, perguntou tudo, quis ver sempre a minha cabeça e muitas vezes me fez companhia e me acalmou como ninguém o conseguia fazer. 

Esta dor que senti é amor, amor incondicional. Não é preciso palavras para dizermos e sentirmos o amor, os olhos dizem tudo!!!!! 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eu

nós mudamos, até há pouco odiava tudo o que me lembrasse a infância, hoje recordo tudo com saudade. Infelizmente de tanto querer esquecer, esqueci muita coisa boa.
Mas aqui sinto-me ...eu!

Livros eróticos

Nunca li, na minha adolescência li alguns romances com algum cariz erótico. Mas ficou por aí. Hoje li uma entrevista feita à autora de " Cinquenta sombras", nunca tinha ouvido falar, mas as mulheres gostaram e para além de lerem têm posto em prática. Ao que parece o dito livro tem provocado divórcios e também verdadeiros incêndios de prazer entre casais.

Nós mulheres só agora estamos disponíveis para tirar proveito do sexo, para gozar o momento. Ou pelo menos agora falamos mais do assunto, sem pudores!

Fiquei com curiosidade de ler as " cinquenta sombras" e também o "kamasutra", sim nunca li ou vi as imagens, sou uma casada quase virgem! Depois conto se estou mais feliz ou se em mim não surtiu efeito!




QUERO IR TRABALHAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje é o primeiro dia em casa, sexta passei uma grande parte do dia na Seg. Social e IEFP, e já estou farta! Eu sei, sou mulher e tenho milhares de coisas para fazer. Mas fazê-las com tempo e durante o dia normal de trabalho não é a minha praia. Gosto de sair de casa, stressar, voltar cansada e continuar o ritmo. Ficar em casa para mim sempre foi sinal de estar doente ou quando fui mãe!

Numa onda de loucura que me invade de minuto a minuto, já penso em oferecer me para trabalhar ( sem custos e ganhar mais alguma experiência).

É insano eu sei mas ainda posso alegar alguma confusão e dizer que continuo em convalescência!

domingo, 25 de novembro de 2012

SONHAR

Para mim sonhar significa muita coisa, sonhar a dormir claro está. Sou muito intuitiva e acredito profundamente que o que sonhamos está relacionado com o nosso subconsciente.
Acredito que os sonhos são formas de aviso ou alertas para a nossa vida. Tive ao longo da vida várias provas disso, pelo menos para mim, quem me ouve ou lê julga-me louca. Mas sou assim, acredito no poder dos sonhos.
Não sei nadar, e tenho um medo profundo de estar no mar ou piscina e me deixar para trás para boiar, é mesmo o que me causa mais pânico é o facto do "deixa ir", eu tenho de ter sempre uma rede, e talvez por isso e apesar de todos os esforços nunca aprendi a nadar. Mas isto tudo para contar que durante meses seguidos todos os dias em diferentes sítios, em diferentes águas e com diferentes companhias; eu sonhava com água e que me deitava e boiava de costas. A sensação que sentia era de paz, eu chamo ao que sentia o "deixar ir" porque não pensava em nada, só sentia  o prazer e paz. Esses sonhos terminaram com a minha crise epiléptica  Até esta noite nunca mais tive esse sonho, nem tenho sonhado com água. Há duas noites atrás sonhei com mar, hoje sonhei que entrei numa piscina esquisita e no inicio esforçava-me para nadar, mas de repente a força da água virava-me e eu ficava de costas, simplesmente a deixar-me ir em paz!
Não posso deixar de fazer a associação, e confesso que tenho medo!!!!!! Mas para a maioria é uma loucura, e quero acreditar que sim, quero esquecer os meus sonhos e fingir que nunca tiveram qualquer premonição ou efeito na minha vida.


Exigimos demais?

As mulheres pensam em várias coisas ao mesmo tempo, e têm o privilégio de entender muito bem nas entrelinhas.

Os homens não primam por estas características. Mas quando precisamos falar, falar do fundo de nós, eles não poderiam fazer um esforço? Parece-lhes um disparate, não fazem um esforço para entender? Temos de explicar tudo? E quando nos doí entrar em detalhes e esperamos um feedback do outro lado? Sem ser o " tu és parva?"

Exigimos demais ou definitivamente não estamos a falar com a pessoa certa?

Nem carne nem peixe

Os homens que nem mastigam e nem comem, não sabem o que querem às refeições!

Os gulosos

O homem guloso come à pressa e não aprecia o menu!

Os pastilha elástica

O homem pastilha elástica é aquele que mastiga, mas não come.

sábado, 24 de novembro de 2012

PUT@ QUE PARIU - parte II

Sou despedida tenho que pagar impostos, sobre a compensação de despedimento, vou para o Centro de Emprego que não sabe informar-me quanto vou receber, após uma manhã de espera. Porque isso é trabalho da Segurança Social, que por sua vez também não sabe, porque o processo é recente e não podem fazer tudo! Eu que me lixe, com F..., e vá para casa arranje emprego e que não mace mais o estado que só precisa dos meus impostos.

Quando precisei do "estado" para resolver o meu cavernoma, mandaram-me  f.... e que fosse para o privado, utilizasse o meu seguro. Ou se não tivesse ou pudesse, fosse morrer longe e que não pedisse mais nada. Ainda assim fui entregar ao Gaspar mais 14€, por dois papeizinhos de baixa, um penso mal feito que ao fim de 30 minutos foi substituído em casa com mais eficácia e qualidade. Estúpida que sou, ao fim de 3 semanas suspendi a baixa e fui trabalhar, como os senhores estão atentos e zelam pelas suas contas, para receber porque para pagar preferem deixar as empresas morrer, na véspera de ir para o desemprego convidaram-me a devolver a quantia que tinha recebido indevidamente. Sim porque fui eu que fui fazer as minhas contas e transferi o subsidio de doença para a minha conta. Por isso paga! E não bufes!

Este é o meu país, onde cada vez gosto menos de viver, e onde não quero criar os meus filhos!

Desabafo final para os nossos políticos, que têm alternado o poder entre si:

VÃO-SE TODOS F@DER E DEIXEM-NOS VIVER E TRABALHAR, NÃO FAÇAM DE NÓS CIDADÃOS DA VOSSA LAIA


PUT@ QUE PARIU

Estou desempregada e de pulseira electrónica  não roubei, ou desviei ( piada para os senhores ricos), não matei. Sou honesta e cumpridora!
Mas o centro de emprego para me pagar o subsídio, a que tenho direito e diga-se que é reles e parece que vem tarde e a más horas, obriga-me a comparecer não sei aonde e não sei para quê, se mudar de residência ou viajar tenho que informar antecipadamente  e tenho ainda mais um rol de obrigações que não vou descrever para não se tornar maçudo e assustar futuros desempregados.

Por isso o crime compensa e e ser honesto é um defeito nosso país nos dias que correm.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Last day

Chegou o último dia, de trabalho. Mas estou viva, saudável e cheia de vontade de aproveitar este maravilhoso dia de sol. Amanhã logo se vê.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Odeio mudanças

Tento sempre evitá-las, sejam mudanças de casa, de hábitos, de trabalho, de colegas, enfim de tudo.

Amanhã encerro mais um capítulo de vida e tenho o coração apertado com saudades, com a sensação de perda. E porque isso implica mudanças!

O que dizem os nossos olhos

Podem os nossos olhos provocar sensações? Quando somos olhados, podemos sentir arrepios? Ter uma sensação de nudez?

Podem ser tanto como um beijo?

Pode um olhar despirnos, ternos?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Se é demais o santo desconfia

Encaixe à parte e performance no centro, surge-me uma questão. Quando dois parceiros têm uma actividade sexual normal, com muitas descobertas (a dois), com loucura também;  se afastam. Não há toque, beijo, sexo, abraço, nada. Aqueles parceiro estão sexualmente em cinzas.

Um deles acha que não vai haver tesão, desejo que se volte a acender. Mas e ser for surprendido por beijos, abraços, por uns olhos e por uma boca cheios de desejo, daqueeles que causam arrepios.

Primeiro não se resiste, e tudo pega fogo. Mas depois não fica a sensação estranha de saber por onde é que ele andou? Em quem aprendeu a fazer tanta coisa nova? Em que corpos tocou?

Ou esquecemos, porque afinal de contas foi para nosso prazer?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Encaixamos ou não?

Pensava eu, ingenuamente, que todos encaixávamos. O resto era jeito e vontade. Mas a Marta explicou-nos que não, nem todas as anatomias se encaixam.

Fiquei perplexa  então uma coisa desta importância e não é divulgada ao mundo e incutido em nós desde a adolescência? Oh filho, tu vê lá se encaixas bem! Oh filha, tu experimenta se encaixas porque senão estás lixada!  Os orgasmos não aparecem do nada!

Muita tristeza e divórcios se haviam evitado.

Por isso atenção! Não é só performance, tamanho e coiso e tal, agora podemos sempre argumentar que o mal é dos encaixes!




sábado, 17 de novembro de 2012

Beijos

Os beijos são importantes? Para mim são e muito. Sem beijo não há amor, há sexo e desenxabido  Sem o caminho de cima estar aberto o de baixo jamais se abrirá.

E para os homens? Valorizam o beijo ou para eles é uma etapa ultrapassável? 

Gosto de me afundar em beijos, de sentir desejo pela boca do outro, do jogo inicial do beijo (quase um fleart). Gosto de roubar beijos e ser roubada. gosto dos arrepios, que o beijo provoca.

Gosto do descontrolo a que o beijo leva, mas também amo o beijo sereno que nos dá paz, força, aquele que nos faz sentir amor puro, carinho, ternura, o que nos diz está tudo bem!


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Expor-nos ou não

Até aonde nos podemos expôr? Com os nossos erros aprendemos a guardar o que temos e somos dentro de nós. Pessolamente não consigo, ou melhor consigo mas quase rebento. A razão de termos pessoas que nos rodeiam é para isso mesmo, falarmos, ouvirmos.

Infelizmente a actual sociedade não nos permite essa liberdade, a desconfiança prevalece, não confiamos, temos medo! Para falarmos pensamos nela 20 vezes,  e mesmo assim ela cai nos na cara como um meteorito!

Vale-nos os blogues!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Escrever

Escrever é uma forma de nos expressarmos, à quem se sinta inibido de o fazer por achar que não tem capacidade para o fazer. O segredo é só falar por palavras!

Se damos erros, a prática vai permitir eliminá-los, nenhum bebé caminha sem cair. Os correctores ortográficos facilitam a vida. Não há desculpa.

Nem todos podemos saber tudo, mesmo que rocemos a perfeição, não somos perfeitos e dominamos tudo. Há tanta coisa em que dou erros bem mais grosseiros que colocar mal as vogais!!!!

Expectativas

As  expectativas que criamos raramente são atingidas. Muito menos quando falamos de amor.

Achamos sempre romanticamente que se muda por amor, o outro vai moldar-se a nós, por amor!

Pois sim! Mas o que é que fazemos? Vamos de férias separados porque um gosta de praia e o outro não? Um vai ver comédias românticas e o outro acção?

Não sei que resposta haverá para estas perguntas, porque desisti! Desisti de ter expectativas ou de acreditar!

Mas um dia e por momentos pensei, e se o mal for esse, podemos gostar de coisas diferentes, ir parta sitios de que não gostamos, mas se a companhia for boa? Se nos fizer esquecer do sitio em que estamos, a praia podia parecer um linda montanha?

Isto é possível? Existe? Ou estou a ter mais um pensamento demasiado romântico?

Quase sou capaz de apostar que não. O melhor e fazermos pela nossa felicidade, vai connosco quem quer e nós não vamos atrás de ningém que nós mesmos.

Há uma linha que nos separa

Qual é o limite para uma mulher passar a ser apelidada de galdéria, fácil, oferecida?

Se um homem flearta, brinca, diz umas graças; é até charmoso e merece o respeito dos seus pares. Mas e se for uma mulher?

Pelas do mesmo género de certeza que não é apelidada de mulher profissional e de respeito. E qual é a visão dos homens? Passou para fácil, carente e que só quer uma coisa que eles sabem e tanto pensam? Há volta da mesa do café, do almoço ou sempre que se reúna mais que um é motivo de risadas. Umas escondidas outras menos. Criando por vezes uma espécie de clube cujo objectivo é conseguir mais uns minutos de boa disposição à custa da outra que nem sonha ser o motivo de tanto sururu.

Quando é que se passa a linha do respeito por nós, para o desrepeito com que nos vêm? Ou somos todos iguais ne isto é uma visão dos géneros no século passado. Pessoalmente acho que há coisas que nunca mudam.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Kikas

As casas de alterne sao um mundo desconhecido para a maior parte das mulheres, na minha faixa etária nem nos lembramos que existem e que os nossos maridos ou companheiros as possam procurar.

Este fim de semana vi um programa em que as intervenientes eram a proprietária e trabalhadoras da Kikas, sitio muito conhecido pelos mais experientes. E fiquei rendida, a senhora com uma postura ética, profissional que nao imaginava que houvesse naquel meio. Surprendeu-me o facto de hoje em dia os homens procurarem nuitas vezes estas casas para terem atençao em vez do suposto sexo, pelo que deduzo que sexo há muito e para todos os gostos, alguém com quem falar e com disponibilidade de ouvir é que há pouco.

Gostei dos conselhos dados às mulheres, para serem criativas, procurarem o seu prórpio prazer e desinibirem-se. Acho que as mulheres da geraçao mais nova, sao muito mais abertas a sexo, até demais, mas a minha geraçao sempre procurou o amor. Secalhar fomos enganadas pela Cinderela, será que ela viveu feliz para sempre se nao se sentia desejada? Foi feliz para sempre se sentia que nao provocava tesao? Claro que o mesmo em sentido contrário, mas aqui falo pelas mulheres! 

Em conclusao, vamos lá pôr os conselhos da Kikas em prática, resignarmo-nos a aceitar aulas de quem sabe! Mas nao nos podemos esquecer, temos de ouvir e mimar porque caso contrário a Kikas e concorrentes nao se podem queixar da crise.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Traquinices

A boa disposição gera mais energia positiva e faz o tempo andar mais depressa. Mas e se somos um escape, uma brincadeira oca, infantil e sem consequência como a dos miúdos de 2/3 anos? Gera o quê?  Não podendo trazer mais nada, não há como não fugir a uma certa mágoa, pela frieza do distanciamento.  


Mas podemos proibir os putos de brincar, sem que eles nos deixem virar costas e ainda façam pior?


domingo, 11 de novembro de 2012

Quem é a oposição?

Li um texto do Ricardo Araújo Pereira, aqui, simplesmente magnifico. O humor político do Ricardo está cada vez mais aprimorado e  demonstra aos nossos competentíssimos políticos, que a oposição não está nos partidos. 

Os nossos políticos que tanto gostam de falar na televisão, que vão fazer algo mais produtivo, para que a Srª Merkel que se orgulhe de nós. Porque fingir não é bonito, e eles estão sempre a fingir que estão na oposição, quando na verdade estão à espera, à espera do novo cargo. O Sr prof. o que disse ontem com tanta convicção, hoje jura que deverá ser exactamente ao contrário. Agora desapareceu, tem sido avistado de quando em quando, para sabermos que ainda vive mesmo com a miserável reforma de que dispões. Coitada da Maria não pode  incluir bife todos os dias na ementa, tem de cozinhar mais hidratos. 

O texto do Ricardo:aqui.

Despedimento colectivo

A minha empresa vai fechar, apesar de não ter problemas financeiros ou de tesouraria. A multinacional detentora de 90% do capital, decidiu que não queria perder dinheiro em Portugal em 2013, por incrível que pareça não agradecerem a Portugal os milhões que já cá ganharam. Mal agradecidos!

Então em Abril fez-se um primeiro despedimento colectivo, mal feito por ser em cima do joelho, sem negociações e com os trabalhadores em angústia com receio de não receber o que lhes era devido. Esse receio obrigou-os a comer e a calar, a não procurarem ajuda legal, a não reclamarem todos os seus direitos. Foram claramente vitimas de bulling.

Em Outubro fomos informados que a empresa ia fechar e íamos ser alvo de despedimento colectivo  Não aprenderam nada, os advogados começaram a meter os pés pelas mãos nas primeiras cartas. Reclamámos, as segundas cartas traziam pelo menos os valores correctos, como só queremos receber, 50% não reclamou, os outros colegas foram procurar informação. Para espanto de todos as cartas estavam todas de tal forma incorrectas, que não teríamos sequer direito a subsidio de desemprego.

Terceira carta recebida, e amanhã data de saída para 70% dos colaboradores, vão ser negociado novos prazos de saída, o que implica novos valores nos montantes a liquidar. E depois para não dar muito trabalho aos senhores advogados, irá a empresa pôr por escrito o acordado. 

Ora bem, se estivéssemos noutro país isto não acontecia, penso que nem a empresa, no seu país de origem , conduzia o processo desta forma. Os trabalhadores teriam procurado cuidar dos seus direitos.

Mas estamos em Portugal, o ACT de uma determinada cidade leu uma carta e informou que estava correcta. Foi preciso ser a mesma identidade noutra cidade a informar dos erros grosseiros da referida carta. Os trabalhadores não têm apoio, o estado que vai acolher mais desempregados não se interessa por proteger empregos, por penalizar empresas que não tenham cumprido a legislação, que provavelmente tenham lesado o fisco.

Porque nós somos o bom aluno, não queimamos ou partimos nada, seguimos os brandos costumes. Mesmo quando estamos a afundar a nossa sociedade, o nosso futuro. Será que se nós os trabalhadores contratássemos um advogado caro e competente, ganhávamos alguma coisa? Ou ganhávamos só uma conta exorbitante, porque falamos de uma multinacional. Que não quer perder dinheiro, não pela sua má administração e estratégia de negócio, mas porque afirma que Portugal é caloteiro e desorganizado.

A EUROPA NO SEU MELHOR

Ir ao cinema

Depois da minha vida parar, fiquei suspensa, à espera, à espera de uma operação. Sem pensar na doença ou no pós cirurgia. Estava a ver um filme que ficou em pausa, até alguém dizer podes continuar a ver. Sem perceber que depois iria questionar-me do porquê da paragem, ou se iria  haver mais cortes ou se conseguia ver o filme até ao fim.

Foi uma espera de cinco meses, de muita angústia, ansiedade, até dor física porque a um determinado momento a ansiedade passa para o corpo, que se ressente. Se estava sol tinha medo, se chovia, podia constipar-me, se calçasse saltos podia cair, se fosse de saltos rasos podia escorregar, se beijasse podia sentir-e mal, fazer amor podia fazer ter-me outro derrame. Vivi assim cinco longos meses, não vivi ultrapassei um dia de cada vez à espera de ter ordem para entrar no bloco.

No dia 11 de Setembro a ordem estava dada, e foi um dia feliz! Por fim chegara o dia, sem medos, sem nervosismos, entrei sorridente, em paz e sem passar no depois. Sem pensar até nos outros que me rodeavam e que sofreram muito mais que eu, nesse dia.

Ao longe as primeiras palavras que ouvi, deixaram-me tranquila " Anabela, correu tudo bem". depois tudo se passou com a maior simplicidade, um dia com algumas dores, outro com menos. Mas dois meses depois, tudo passou. Só não passou o que nunca eu tinha tido: medo do futuro, consciência da minha fragilidade, a incerteza. 

Cada dia que passa falo mais na operação, na doença. Penso que foi porque tanto fugi do assunto que agora tenho de o viver. 

Ainda não aprendi a sentar de novo, recostar, pegar nas pipocas e curtir o filme. Quem sabe se já é amanhã que isso acontece.

Quando vencemos sabe bem, mas para isso temos de saborear a vitória e não questioná-la. Não é?





domingo, 28 de outubro de 2012

A emigração do séc.XXI

Os historiadores do futuro quando estudarem este fenómeno em Portugal, vão certamente fazer o seguinte retracto:

-Jovens entre os 23 e os 35 anos
-Licenciados ou técnicos especializados
-Em busca de emprego e fuga ao assalto de que são vitimas por parte do Estado Português
-Partem sem intenção nenhuma de voltar
-E levam consigo o que demorou pelo menos três décadas a construir

Como diz o outro são os mercados....

domingo, 6 de maio de 2012

Quando a vida pára

Na semana passada a minha vida parou, literalmente, infelizmente a minha famlilia teve que assistir a esse episódio.

Depois de ter sentido que ia desmair, acordo no hospital e aos poucos tomo consciência que tenho um cavernoma.

Fui posta perante o desconhecido e a crua realidade que a nossa saúde é o bem mais precioso. Nestes sete dias tenho tentado viver para o que é realmente importante. Mas o medo a expectativa estão cá, até ter todas as certezas.

O SNS portou-se bem, até certo ponto! Até me deparar com um neurocirurgião que não olhou para a pessoa, foi técnico e não humano. Infelizmente são estes os profissionais que estamos a formar. Exigimos médias altissimas que só se conseguem se não houver vida social, como há pouco tempo o reitor da Universidade do Porto comentou " tenho excelentes investigadores, mas nenhum excelente médico". Eu constatei essa realidade.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os ausentes

Sobre as ausências das comemorações do 25 de Abril, muito se tem dito. Daniel Oliveira escreve, e muito bem, sobre o assunto: http://arrastao.org/2515051.html. Para mim e para muitos que prezam e respeitam a data, essas ausências foram mais do que mil palavras, mais do que muitos discursos poderiam ter dito. Foi o reconhecimento da degradação do sistema democrático por figuras com papel activo na mudança de regime. Aos senhores que se sentaram na assembleia de cravo ao peito e tiveram a coragem de criticar e encher a boca com palavras vãs, gostaria de perguntar: aonde estavam no 25 de abril? E de que lado?

Isto irá - por Rui Tavares

A ler, uma crónica sentida e cheia de esperança.

38 anos depois

Caminhamos inversamente para os ideais de Abril. Explicar a importância da revolução aos meus filhos e constatar que estamos a fazer a rota inversa, deixa-me consternada. Tenho cada vez mais vontade de ter uma participação mais activa na sociedade, mas olho para os políticos e para o que defendem e não me identifico com nada. Secalhar devemos todos fazer uma reflexão e unirmo-nos mais que nunca numa alternativa que leve o país a sair da situação pantanosa em que meia dúzi de mal eleitos nos enfiaram nas últimas décadas.
E é neste contexto que mais me identifico com movimentos que vão surgindo na sociedade civil e acredito que serão estes que poderão ser a solução que tanto  buscamos.

A partida de um homem íntegro

A morte de Miguel Portas chocou-me, tinha um grande apreço por este homem. Pelo que ele defendia, pela sua postura e pelo que ainda tinha para dar à sociedade. Perdemos todos um homem de bem!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dia do livro

Tenho paixão por ler, desfolhar, viajar, sonhar, meditar, pensar... tanta coisa nos proporciona um livro.

Nunca tive e não tenho, poder económico que me permita comprar os que gostaria. Em criança tinha no máximo 4 livros de histórias, que li e reli. Em adolescente o meu padrasto dispunha de uma colecção jeitosa de livros, que me permitiu ler várias obras e estilos, e sonhar muito. Infelizmente as minhas irmãs emprestadas não partilhavam do mesmo gosto, para mim é sempre uma tristeza ver alguém que não gosta de ler.

Em adulta sempre que posso compro livros para os meus filhos. O mais velho tem de ser icentivado a ler, e apesar de lhe ter começado a ler desde bébé, ainda não descobriu o verdadeiro gosto pelas palavras. Tenho experimentado de tudo, porque partilho a ideia de muitos: "mais vale um mau livro, do que nenhum". Mas não está fácil, apesar de já ter começado a interessar-se pelas aventuras da Isabel Alçada.

Mas ontem a ouvir a Alice Vieira fiquei, ou melhor, renasceu a vontade de ler " Rosa...minha irmã Rosa".

E pode não se concordar?

O que gostaria de ter escrito:


não tenho termo de comparação porque não vivi antes da revolução, nasci numa democracia, mas não é dificil para a minha geração e mesmo para os menos atentos, sabermos que estamos a andar para trás.

sábado, 21 de abril de 2012

O caminho das empresas

 Despedir? Reduzir?

Não concordo com este caminho. É me impossível ouvir falar mais de despedimentos, reduções e reajustamentos.

Quer me parecer que durante anos o país e as empresas foram gorvernados por imbecis e incompetentes que não souberam acautelar o futuro, porque havia dinheiro. Agora que não há, vamos pelo mais fácil, num total desrespeito pelas pessoas e famílias. Continuando a navegar sem uma estratégia comsertada e de futuro entre sociedade e governo. Até quando? Até conseguirmos aguentar....

Mickeu ou Sarkozi?

Não tendo respeito, nem admiração pelo actual presidente francês, aliás a minha opinião sobre o homem não podia ser pior. E dada a importância do Governo francês para o futuro europeu, as eleições presidenciais são acolhidas por estes lados com alguma expectativa. pouco conheco do principal opositor de Sarko, sei que é socialista e pouco mais.

Levando os socilaistas uma ligeira vantagem nas sondadens, preocupa-me que tipo de governante será este senhor. Mais moderado no duopólio com Merkel? Mas sem posições contrárias, verdade?

A viragem de França não acontecerá pelas capacidades deste senhor, pelo seu curriculo político ou pelo seu programa. Mas sim por demérito do actual Presidente. Sarkozi é que vai perder as eleições. Ganhar? Não sei se alguém as vai ganhar.

Ontem ouvi na rádio e concordo, provavelmente até o rato Mickey as ganharia.

O apelo à emigração

Temos sido convidados a sair do nosso país, pelos nossos ilustres governantes, como nas décadas de 60, em busca de melhores condições de vida mas também de uma sociedade que nos podesse dar mais.

Nunca tal me passou pela cabeça. Criar os meus filhos noutro país? Não. Sempre tive o ideal romântico, de ver a minha família crescer com a nossa democracia, de ajudar ao desenvolvimento de Portugal, de viver num país que saiu duma ditadura, com dignidade e foi capaz de apanhar o comboi europeu.

Tendo a consciência, e o prazer de viver numa Europa aberta, finalmente em paz e que tendo encontrado um caminho para sarar as suas feridas ( depois da queda do muro de Berlim, tudo parecia possível) podíamos de facto tornarmo-nos numa união forte e justa socialmente. Lá está o tal ideal romântico...

Preparei-me para educar os meus filhos como europeus, que soubessem inserir-se no mercado de trabalho europeu, e no vasto quadro sociológico que compõem a união.

Mas de repente o sonhocomeçou a parecer um pouco mais distante, primeiro pela crise e depois pela incompetência dos seus governantes. E assim começaram a surgir os primeiros pensamentos de preparar os miúdos para estudarem fora do país, pela qualidade de ensino e porque se vislumbrava um mercado de trabalho em dificuldades.

O sonho desmorona-se, os países periféricos entram em colapso e o que tinha por seguro é arrastado neste espiral catastrófica.

O estado social é dizimado, a democracia torna-se de dia para dia mais frágil ( com países a terem novos governates sem eleições), a educação e a saúde começa a ser um benificio para classes superiores.

O nosso país está a retroceder, e eu não quero criar os meus filhos nesta sociedade, emigrar? Sim é uma hipótese, mas para uma Europa, em que os seus governantes pensam fechar fronteiras? Para uma Europa com governantes que distilam discursos xenófabos? Para um caldeirão social em plena ebulição? Não.

Mas a ideia persiste e persiste e todos os dias penso que de facto pode ser o caminho de muitos casais sufocados pela subida de impostos e pela ausência de esperança num futuro melhor. O apelo à emigração talvez tenha sido feito, como reconhecimento da incompetência para nos governar.  O que me falta? A coragem....

terça-feira, 10 de abril de 2012

Parque escolar - um exemplo de gestão???

Foi impressão minha ou a Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou que o Parque escolar era um exmplo de boa gestão? Se não é brincadeira ou lapso meu, é a maior anedota dos últimos tempos. Não, secalhar percebi mal, a senhora referia-se à boa gestão que os seus responsáveis fizeram pelo compadrio. Foi isso!

A democracia está moribunda

Se dúvidas houvesse ...ficavam perfeitamente esclarecidas com a atitude conjunta entre Governo e Presidente da República, para impedir as reformas antecipadas.

Se concordamos ou não com as mesmas é outro assunto, mas existiam, e estavam ao dispôr dos trabalhadores. Sem discussão, sem alaridos, há sucapa, na sunga, em segredo - acabaram-se com elas. Só possível em regimes a cair para o autoritarismo.