quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os ausentes

Sobre as ausências das comemorações do 25 de Abril, muito se tem dito. Daniel Oliveira escreve, e muito bem, sobre o assunto: http://arrastao.org/2515051.html. Para mim e para muitos que prezam e respeitam a data, essas ausências foram mais do que mil palavras, mais do que muitos discursos poderiam ter dito. Foi o reconhecimento da degradação do sistema democrático por figuras com papel activo na mudança de regime. Aos senhores que se sentaram na assembleia de cravo ao peito e tiveram a coragem de criticar e encher a boca com palavras vãs, gostaria de perguntar: aonde estavam no 25 de abril? E de que lado?

Isto irá - por Rui Tavares

A ler, uma crónica sentida e cheia de esperança.

38 anos depois

Caminhamos inversamente para os ideais de Abril. Explicar a importância da revolução aos meus filhos e constatar que estamos a fazer a rota inversa, deixa-me consternada. Tenho cada vez mais vontade de ter uma participação mais activa na sociedade, mas olho para os políticos e para o que defendem e não me identifico com nada. Secalhar devemos todos fazer uma reflexão e unirmo-nos mais que nunca numa alternativa que leve o país a sair da situação pantanosa em que meia dúzi de mal eleitos nos enfiaram nas últimas décadas.
E é neste contexto que mais me identifico com movimentos que vão surgindo na sociedade civil e acredito que serão estes que poderão ser a solução que tanto  buscamos.

A partida de um homem íntegro

A morte de Miguel Portas chocou-me, tinha um grande apreço por este homem. Pelo que ele defendia, pela sua postura e pelo que ainda tinha para dar à sociedade. Perdemos todos um homem de bem!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Dia do livro

Tenho paixão por ler, desfolhar, viajar, sonhar, meditar, pensar... tanta coisa nos proporciona um livro.

Nunca tive e não tenho, poder económico que me permita comprar os que gostaria. Em criança tinha no máximo 4 livros de histórias, que li e reli. Em adolescente o meu padrasto dispunha de uma colecção jeitosa de livros, que me permitiu ler várias obras e estilos, e sonhar muito. Infelizmente as minhas irmãs emprestadas não partilhavam do mesmo gosto, para mim é sempre uma tristeza ver alguém que não gosta de ler.

Em adulta sempre que posso compro livros para os meus filhos. O mais velho tem de ser icentivado a ler, e apesar de lhe ter começado a ler desde bébé, ainda não descobriu o verdadeiro gosto pelas palavras. Tenho experimentado de tudo, porque partilho a ideia de muitos: "mais vale um mau livro, do que nenhum". Mas não está fácil, apesar de já ter começado a interessar-se pelas aventuras da Isabel Alçada.

Mas ontem a ouvir a Alice Vieira fiquei, ou melhor, renasceu a vontade de ler " Rosa...minha irmã Rosa".

E pode não se concordar?

O que gostaria de ter escrito:


não tenho termo de comparação porque não vivi antes da revolução, nasci numa democracia, mas não é dificil para a minha geração e mesmo para os menos atentos, sabermos que estamos a andar para trás.

sábado, 21 de abril de 2012

O caminho das empresas

 Despedir? Reduzir?

Não concordo com este caminho. É me impossível ouvir falar mais de despedimentos, reduções e reajustamentos.

Quer me parecer que durante anos o país e as empresas foram gorvernados por imbecis e incompetentes que não souberam acautelar o futuro, porque havia dinheiro. Agora que não há, vamos pelo mais fácil, num total desrespeito pelas pessoas e famílias. Continuando a navegar sem uma estratégia comsertada e de futuro entre sociedade e governo. Até quando? Até conseguirmos aguentar....

Mickeu ou Sarkozi?

Não tendo respeito, nem admiração pelo actual presidente francês, aliás a minha opinião sobre o homem não podia ser pior. E dada a importância do Governo francês para o futuro europeu, as eleições presidenciais são acolhidas por estes lados com alguma expectativa. pouco conheco do principal opositor de Sarko, sei que é socialista e pouco mais.

Levando os socilaistas uma ligeira vantagem nas sondadens, preocupa-me que tipo de governante será este senhor. Mais moderado no duopólio com Merkel? Mas sem posições contrárias, verdade?

A viragem de França não acontecerá pelas capacidades deste senhor, pelo seu curriculo político ou pelo seu programa. Mas sim por demérito do actual Presidente. Sarkozi é que vai perder as eleições. Ganhar? Não sei se alguém as vai ganhar.

Ontem ouvi na rádio e concordo, provavelmente até o rato Mickey as ganharia.

O apelo à emigração

Temos sido convidados a sair do nosso país, pelos nossos ilustres governantes, como nas décadas de 60, em busca de melhores condições de vida mas também de uma sociedade que nos podesse dar mais.

Nunca tal me passou pela cabeça. Criar os meus filhos noutro país? Não. Sempre tive o ideal romântico, de ver a minha família crescer com a nossa democracia, de ajudar ao desenvolvimento de Portugal, de viver num país que saiu duma ditadura, com dignidade e foi capaz de apanhar o comboi europeu.

Tendo a consciência, e o prazer de viver numa Europa aberta, finalmente em paz e que tendo encontrado um caminho para sarar as suas feridas ( depois da queda do muro de Berlim, tudo parecia possível) podíamos de facto tornarmo-nos numa união forte e justa socialmente. Lá está o tal ideal romântico...

Preparei-me para educar os meus filhos como europeus, que soubessem inserir-se no mercado de trabalho europeu, e no vasto quadro sociológico que compõem a união.

Mas de repente o sonhocomeçou a parecer um pouco mais distante, primeiro pela crise e depois pela incompetência dos seus governantes. E assim começaram a surgir os primeiros pensamentos de preparar os miúdos para estudarem fora do país, pela qualidade de ensino e porque se vislumbrava um mercado de trabalho em dificuldades.

O sonho desmorona-se, os países periféricos entram em colapso e o que tinha por seguro é arrastado neste espiral catastrófica.

O estado social é dizimado, a democracia torna-se de dia para dia mais frágil ( com países a terem novos governates sem eleições), a educação e a saúde começa a ser um benificio para classes superiores.

O nosso país está a retroceder, e eu não quero criar os meus filhos nesta sociedade, emigrar? Sim é uma hipótese, mas para uma Europa, em que os seus governantes pensam fechar fronteiras? Para uma Europa com governantes que distilam discursos xenófabos? Para um caldeirão social em plena ebulição? Não.

Mas a ideia persiste e persiste e todos os dias penso que de facto pode ser o caminho de muitos casais sufocados pela subida de impostos e pela ausência de esperança num futuro melhor. O apelo à emigração talvez tenha sido feito, como reconhecimento da incompetência para nos governar.  O que me falta? A coragem....

terça-feira, 10 de abril de 2012

Parque escolar - um exemplo de gestão???

Foi impressão minha ou a Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou que o Parque escolar era um exmplo de boa gestão? Se não é brincadeira ou lapso meu, é a maior anedota dos últimos tempos. Não, secalhar percebi mal, a senhora referia-se à boa gestão que os seus responsáveis fizeram pelo compadrio. Foi isso!

A democracia está moribunda

Se dúvidas houvesse ...ficavam perfeitamente esclarecidas com a atitude conjunta entre Governo e Presidente da República, para impedir as reformas antecipadas.

Se concordamos ou não com as mesmas é outro assunto, mas existiam, e estavam ao dispôr dos trabalhadores. Sem discussão, sem alaridos, há sucapa, na sunga, em segredo - acabaram-se com elas. Só possível em regimes a cair para o autoritarismo.

Mas que eu morra aqui...

Azeitonas - lindo!