O Sr. Relvas comunicou ontem ao país que não reunia as condições necessárias para continuar a exercer funções governamentais. No seu discurso recordou que abriu caminho para o Sr. Passos chegar a líder do PSD e que o levou a primeiro ministro, aproveitou também para esclarecer que foi atacado veemente de forma abusiva; talvez para justificar o legado que deixa.
Há muito que os portugueses aguardavam este dia. Pelo menos desde que se soube o percurso académico do senhor ex-ministro, depois casos não faltaram para pedirmos a demissão deste senhor. Mas o dia tardou a chegar, o senhor ainda teve tempo fazer mais negociatas pouco claras e de tomar medidas que prejudicarão o país de forma irreversível ou que vão levar tempo a corrigir.
A permanência deste senhor no governo só se pode justificar por compadrio político. O primeiro ministro segurou Relvas porque Relvas o tinha segurado e empurrado para o lugar que ocupa.
No debate quinzenal o primeiro ministro esclarece que o caso da licenciatura nada teve a ver com a demissão, se não teve devia. E devia ter sido assim que o caso foi tornado público, para bem das instituições de ensino superior e para bem da credibilidade dos alunos que lá se formam. Estas declarações revelam a incompetência e deboche que caracterizam este governo.
O dia da demissão não foi escolhido ao acaso, provavelmente foi mais um acto de pressão sobre o tribunal constitucional. Ou a tentativa de sair sem mais desonra,depois de ser conhecido o famoso relatório que tem estado fechado nas gavetas do ME, o que nesta altura é impossível. Relvas tornou-se anedota além fronteiras!
Pelo que o dia de ontem que foi tão aguardado não me deixou descansada ou aliviada, porque tudo à volta deste senhor tem tanta lama e ainda está tão embrulhada que tenho... medo. Medo do que ainda venhamos a descobrir.
E medo.... mais medo... que este senhor regresse daqui a uns anos como PR.
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