Está muito em voga a expressão, que parva que sou! Houve até um debate sobre a geração da precariedade. Pelo pouco que vi, sem substância e desprovido de algo em concreto.Não estavam representados nos intervenientes, os verdadeiros precários, os licenciados que trabalham em supermercados ou call center, etc.
Há sempre excepções, há quem tenha a estrelinha da sorte; mas também há quem não tenha factores C, quem até tenha sido bom aluno, mas que caia nas malhas da precariedade, de empregadores que desejam ardentemente estagiários não remunerados, que depois até podem ficar na empresa mas com salários baixos ou a recibos verdes.
Ouvi um interveniente, dizer que os recibos verdes são para proteger do desemprego de longa duração. E que no resto da Europa não existem. Dado o nosso nível de desenvolvimento comparado com os restantes parceiros europeus, diz logo muito sobre a utilidade dos recibos verdes. "Mas na Europa é mais fácil despedir", é outro argumento, pois é, mas a carga fiscal é menor logo empregar também é mais fácil!
Os centro de emprego lá funcionam, aqui não. Já tive postos de trabalho abertos e nunca me enviaram candidatos!
Lá os nível de qualificação dos cidadãos é mais elevado, aqui, parece que estudar começa a ser meio caminho andado para o desemprego. Muitos candidatos a emprego são rejeitados, por excesso de conhecimentos! O que por si só é de bradar!
Em suma, que parvos que somos! Por deixarmos que esta situação tenha chegado tão longe, ao ponto de quase pagarmos para trabalhar, com um sorriso nos lábios e de cabeça baixa!
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