Tanto se tem discutido a eventual ou real crise política que o país vive. Como irá ter consequências reais no nosso quotidiano, também a devemos tentar compreender.
A responsabilidade é repartida por todos os intervenientes: governo, oposição e presidente da república. O governo afirma estar aberto ao diálogo, a oposição fecha essa porta e Cavaco Silva agita mais uma situação por si só efervescente.
Caso se verifique o cenário de eleições antecipadas, vai-nos ser pedido explicitamente por Bruxelas para recorrer à ajuda externa. Uma vez que aumentámos o nosso risco, como devedores, torna-mo-nos menos credíveis para cumprir as metas orçamentais! Iremos ser penalizados também pelas agências financeiras.
Se no anterior mandato o presidente foi refém deste pressuposto e condicionou a sua actuação. Neste segundo mandato parece determinado a romper esse cadeado e a mostrar cartão encarnado ao governo.
A oposição ( PSD) que aprovou dois PEC's e orçamento, decidiu retirar a mão debaixo do governo e reclamar o poder.
Temos um governo a curto prazo, ferido de morte, uma Europa que aprova as novas medidas de redução de despesa. E um povo que anseia que tudo se resolva sem grandes sobressaltos na sua vida quotidiana.
Mas, todos sabemos que não irá ser assim!
Sem comentários:
Enviar um comentário