Fiz a carta ao Pai Natal com o meu pedido. Para dissipar qualquer dúvida relatei o meu bom comportamento ao longo do ano. Pedi apenas um coisa! E para garantir que ele prestava atenção e levava em conta o meu pedido, terminei a carta com um ligeiro aviso. Envolvia renas e um pedaço de corpo de Pai Natal que não fica bem expôr, para bem da imagem de velhinho fofo e ternurento do senhor.
Pois bem, o Natal chegou. Meti-me na cozinha a preparar tudo o que faz mal mas que consola o paladar e a gulodice. E esperei a magia!
Estranhei não ter um pedido de NIB, mas acalentei o sonho de ter no sapatinho uma mala com o presente. Eis que quando chego a casa, já depois da meia noite para lhe dar tempo de fazer tudo como deve ser, vinda da fogueira comunitária da aldeia; não tenho no sapatinho mala, nem notas, nem moedas.
E inicio a execução do meu plano, mas olho com mais atenção para o sapatinho e vejo...vejo abraços que dão vida das quatro mãos mais fofas do mundo, beijos doces ( os mais doces do universo), vejo olhinhos brilhantes de alegria a transbordarem amor, vejo emoção da mãe quando me dá um abraço ( que quase me sufocou!), vejo o J. com uma alergia nos olhos que o fazia lacrimejar a olhar para mim e a sorrir.
E subitamente deixei de pensar em comprar a passagem de avião para a Lapónia. O meu milhão de euros foi entregue, até mais que um milhão. O que recebi foi um verdadeiro tesouro de valor incalculável, é certo que o recebo todos os anos, mas este Natal o tesouro foi ainda maior!
Pai Natal devo agradecer-te os presentes. Mas lembrar-te que quando pensas em mim deves ter sempre em atenção o último parágrafo da carta deste ano. É claro que me comprometo a ser bem comportada, mas não testes muito o meu comportamento em 2013, OK!
Obrigada e até daqui a um ano!
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