Envergonho-me da minha geração. A geração que cresceu em liberdade, a geração que teve acesso à educação, à formação, à informação...
Uma geração que enquanto cresceu todas as portas lhe foram abertas: Os nossos pais, crescidos em ditadura, e em condições econõmico - sociais miseráveis trabalharam para nós; passaram a sua vida a dar aos filhos. Dar mais do que tinham tido! E não foram só melhores condições de vida mas também bens materiais: no secundário já existia a guerrazinha pelas marcas, as viagens de finalistas, as cartas de condução, as aceleras, etc, etc.
E nós no que nos tornámos? Soubemos agradecer? Soubemos retribuir?
NÃO!
Deixámos que palermas nos governassem! Enquanto nós íamos para a praia em dias de eleições estes palermas iam chegando ao governo. Enquanto estes palermas destruiam o país, nós andámos felizes com tanta coisa que nos tinha sido dada que nem vimos que nos estava a ser roubada! Pior, deixámos ques estes palermas empurrassem o país em educação, saúde e tantas outras coisas para anos idos; em que os nossos pais creseram e lutaram para que os filhos não tivessem de viver assim. Mais revoltante deixámos que estes palermas obriguem os nossos pais a ter de trabalhar para nos ajudar, a nós e agora oas nossos filhos.
A verdade é que tomámos tudo como um dado adquirido, não nos preocupámos em preservar e fazer crescer. Agora enfrentamos uma realidade assustadora: desemprego, emigração, falência do país, mais corrupção... e secalhar muitos de nós continuam sem dar conta. Para estes informação são aqueles 20 ou 30 minutos iniciais dos telejornais sobre a taça da liga, ou a bola de ouro ou a morte de Eusébio. Importante será o mundial no Brasil, não um novo resgate, até porque quando souberem dele já se deu há um bom par de dias.
Tenho vergonha da minha geração! Vergonha por sermos tão apáticos, amorfos! Nós que tinhamos a obrigação de ter no sangue a força da revolução, não temos nada! Somos vazios!