quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mas que merd@ é esta?

Parece que é a frase favorita da dona do ATL dos meus filhos! Bonito, uma senhora esforçada em educar as crianças e jovens, não é? Ao contrário do que se possa pensar não digo asneiradas  ultimamente escrevo-as com demasiada frequência, mas por desabafo. Os meus filhos não os ouvem em casa e são educados a se ouvirem não repetirem. Mas com exemplos destes é difícil, principalmente em miúdos que tendem a querer afirmar-se e a vincarem a sua não "bebezice". 

Estou a ponderar se uso esta frase no inicio, no meio ou no fim da próxima conversa que tiver com a senhora! Provavelmente não a vou usar em parte nenhuma, mas que me apetece, ai isso apetece!!!!!

PUT@ QUE PARIU - parte III

Fui surpreendida pela rapidez da S social a responder ao meu processo de desemprego, 1 semana. Parabéns! Só tenho um pequeno problema: foi indeferido! Porquê? Parece que não estou desempregada, tenho um cargo na minha ex empresa, a qual está suspensa em IVA ( e só não está  encerrada porque ainda estou a pagar ao banco as dívidas), informação gentilmente  cedida via atendimento linha directa: 808 266 266. Ainda assim e como a assunto é sério demais, fui passar uma manhã à loja do cidadão. Afinal estou desempregada, mas os documentos entregues em Janeiro não constam do meu processo, mas tenho cópia do recibo de os ter entregues!

Em suma, tenho que recorrer para que os senhores me façam o favor de juntar o processo e ir acendendo velas à Nossa Senhora, sempre deve agilizar o processo. E continuar aguardar!

Cada dia que passa só tenho 3 palavras para este pesadelo que atravessamos: PUT@ QUE PARIU.
 

Com ou sem barba

Sempre tive o meu gosto e nunca pensei que fosse tema de debate, entre o mulherio, a cara limpa ou não dos gajos. Tinha como assuntos em destaque o rabo, as mãos... Pois que me enganei, para variar, a barba ou a falta dela tem o seu quê de erótico.

Pela minha sondagem, feita entre seres do mesmo sexo e na faixa etária dos 35 aos 40, a estatística está claramente a favor do homem de cara limpa, porque não arranha, é macio e tal. Pois, mas é aborrecido!

Faço parte da minoria que se interessa por uma barba de pelo menos três dias, caras lavadas tiram o charme. Gosto do picar da barba num beijo, e se for em outros lados que não a cara melhor! E dei conta que tal como os machos olham para as nossas maminhas, eu olho para as barbas. Logicamente que não gosto de uma barba esgadelhada ou mal tratada, mal comparado seria como ver um par de mamas injustiçado pela peça de roupa que lhe ia em cima. A barba não pode ser resultado da preguiça diária, tem de ser cuidada e se assim for o charme é outro!


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CALIFORNICATION

A série não, não me diz muito. A música gosto, mas baixinho, o meu cérebro ainda não o permite ouvir como deve ser...alto.

Y me fundiré en tus labios, como se funden mis dedos en el piano.

Ok, é azeiteiro. Mas é de arrepiar!

Amor é sentir isto...

Ter este diálogo com a minha filha de 7 anos, que é doce, doce, doce...., quando lhe calçava os patins para a patinagem artística, que ontem era ao som de música:

M.- Mãe esta música incomoda-te

eu - Não.

M. - fico sempre preocupada contigo quando há música alta, tenho medo que te incomode.

Olhar aqueles olhos e ver que o que ela dizia vinha do coração, deixa-me completamente desarmada, só a consigo abraçar e dizer-lhe que estou bem e já posso fazer tudo. Mas quando ela se afasta, tudo doí, porque me doí pelo que ela sofreu e pela preocupação que ainda tem comigo. A M. sempre reagiu de uma forma muito adulta, perguntou tudo, quis ver sempre a minha cabeça e muitas vezes me fez companhia e me acalmou como ninguém o conseguia fazer. 

Esta dor que senti é amor, amor incondicional. Não é preciso palavras para dizermos e sentirmos o amor, os olhos dizem tudo!!!!! 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eu

nós mudamos, até há pouco odiava tudo o que me lembrasse a infância, hoje recordo tudo com saudade. Infelizmente de tanto querer esquecer, esqueci muita coisa boa.
Mas aqui sinto-me ...eu!

Livros eróticos

Nunca li, na minha adolescência li alguns romances com algum cariz erótico. Mas ficou por aí. Hoje li uma entrevista feita à autora de " Cinquenta sombras", nunca tinha ouvido falar, mas as mulheres gostaram e para além de lerem têm posto em prática. Ao que parece o dito livro tem provocado divórcios e também verdadeiros incêndios de prazer entre casais.

Nós mulheres só agora estamos disponíveis para tirar proveito do sexo, para gozar o momento. Ou pelo menos agora falamos mais do assunto, sem pudores!

Fiquei com curiosidade de ler as " cinquenta sombras" e também o "kamasutra", sim nunca li ou vi as imagens, sou uma casada quase virgem! Depois conto se estou mais feliz ou se em mim não surtiu efeito!




QUERO IR TRABALHAR!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje é o primeiro dia em casa, sexta passei uma grande parte do dia na Seg. Social e IEFP, e já estou farta! Eu sei, sou mulher e tenho milhares de coisas para fazer. Mas fazê-las com tempo e durante o dia normal de trabalho não é a minha praia. Gosto de sair de casa, stressar, voltar cansada e continuar o ritmo. Ficar em casa para mim sempre foi sinal de estar doente ou quando fui mãe!

Numa onda de loucura que me invade de minuto a minuto, já penso em oferecer me para trabalhar ( sem custos e ganhar mais alguma experiência).

É insano eu sei mas ainda posso alegar alguma confusão e dizer que continuo em convalescência!

domingo, 25 de novembro de 2012

SONHAR

Para mim sonhar significa muita coisa, sonhar a dormir claro está. Sou muito intuitiva e acredito profundamente que o que sonhamos está relacionado com o nosso subconsciente.
Acredito que os sonhos são formas de aviso ou alertas para a nossa vida. Tive ao longo da vida várias provas disso, pelo menos para mim, quem me ouve ou lê julga-me louca. Mas sou assim, acredito no poder dos sonhos.
Não sei nadar, e tenho um medo profundo de estar no mar ou piscina e me deixar para trás para boiar, é mesmo o que me causa mais pânico é o facto do "deixa ir", eu tenho de ter sempre uma rede, e talvez por isso e apesar de todos os esforços nunca aprendi a nadar. Mas isto tudo para contar que durante meses seguidos todos os dias em diferentes sítios, em diferentes águas e com diferentes companhias; eu sonhava com água e que me deitava e boiava de costas. A sensação que sentia era de paz, eu chamo ao que sentia o "deixar ir" porque não pensava em nada, só sentia  o prazer e paz. Esses sonhos terminaram com a minha crise epiléptica  Até esta noite nunca mais tive esse sonho, nem tenho sonhado com água. Há duas noites atrás sonhei com mar, hoje sonhei que entrei numa piscina esquisita e no inicio esforçava-me para nadar, mas de repente a força da água virava-me e eu ficava de costas, simplesmente a deixar-me ir em paz!
Não posso deixar de fazer a associação, e confesso que tenho medo!!!!!! Mas para a maioria é uma loucura, e quero acreditar que sim, quero esquecer os meus sonhos e fingir que nunca tiveram qualquer premonição ou efeito na minha vida.


Exigimos demais?

As mulheres pensam em várias coisas ao mesmo tempo, e têm o privilégio de entender muito bem nas entrelinhas.

Os homens não primam por estas características. Mas quando precisamos falar, falar do fundo de nós, eles não poderiam fazer um esforço? Parece-lhes um disparate, não fazem um esforço para entender? Temos de explicar tudo? E quando nos doí entrar em detalhes e esperamos um feedback do outro lado? Sem ser o " tu és parva?"

Exigimos demais ou definitivamente não estamos a falar com a pessoa certa?

Nem carne nem peixe

Os homens que nem mastigam e nem comem, não sabem o que querem às refeições!

Os gulosos

O homem guloso come à pressa e não aprecia o menu!

Os pastilha elástica

O homem pastilha elástica é aquele que mastiga, mas não come.

sábado, 24 de novembro de 2012

PUT@ QUE PARIU - parte II

Sou despedida tenho que pagar impostos, sobre a compensação de despedimento, vou para o Centro de Emprego que não sabe informar-me quanto vou receber, após uma manhã de espera. Porque isso é trabalho da Segurança Social, que por sua vez também não sabe, porque o processo é recente e não podem fazer tudo! Eu que me lixe, com F..., e vá para casa arranje emprego e que não mace mais o estado que só precisa dos meus impostos.

Quando precisei do "estado" para resolver o meu cavernoma, mandaram-me  f.... e que fosse para o privado, utilizasse o meu seguro. Ou se não tivesse ou pudesse, fosse morrer longe e que não pedisse mais nada. Ainda assim fui entregar ao Gaspar mais 14€, por dois papeizinhos de baixa, um penso mal feito que ao fim de 30 minutos foi substituído em casa com mais eficácia e qualidade. Estúpida que sou, ao fim de 3 semanas suspendi a baixa e fui trabalhar, como os senhores estão atentos e zelam pelas suas contas, para receber porque para pagar preferem deixar as empresas morrer, na véspera de ir para o desemprego convidaram-me a devolver a quantia que tinha recebido indevidamente. Sim porque fui eu que fui fazer as minhas contas e transferi o subsidio de doença para a minha conta. Por isso paga! E não bufes!

Este é o meu país, onde cada vez gosto menos de viver, e onde não quero criar os meus filhos!

Desabafo final para os nossos políticos, que têm alternado o poder entre si:

VÃO-SE TODOS F@DER E DEIXEM-NOS VIVER E TRABALHAR, NÃO FAÇAM DE NÓS CIDADÃOS DA VOSSA LAIA


PUT@ QUE PARIU

Estou desempregada e de pulseira electrónica  não roubei, ou desviei ( piada para os senhores ricos), não matei. Sou honesta e cumpridora!
Mas o centro de emprego para me pagar o subsídio, a que tenho direito e diga-se que é reles e parece que vem tarde e a más horas, obriga-me a comparecer não sei aonde e não sei para quê, se mudar de residência ou viajar tenho que informar antecipadamente  e tenho ainda mais um rol de obrigações que não vou descrever para não se tornar maçudo e assustar futuros desempregados.

Por isso o crime compensa e e ser honesto é um defeito nosso país nos dias que correm.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Last day

Chegou o último dia, de trabalho. Mas estou viva, saudável e cheia de vontade de aproveitar este maravilhoso dia de sol. Amanhã logo se vê.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Odeio mudanças

Tento sempre evitá-las, sejam mudanças de casa, de hábitos, de trabalho, de colegas, enfim de tudo.

Amanhã encerro mais um capítulo de vida e tenho o coração apertado com saudades, com a sensação de perda. E porque isso implica mudanças!

O que dizem os nossos olhos

Podem os nossos olhos provocar sensações? Quando somos olhados, podemos sentir arrepios? Ter uma sensação de nudez?

Podem ser tanto como um beijo?

Pode um olhar despirnos, ternos?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Se é demais o santo desconfia

Encaixe à parte e performance no centro, surge-me uma questão. Quando dois parceiros têm uma actividade sexual normal, com muitas descobertas (a dois), com loucura também;  se afastam. Não há toque, beijo, sexo, abraço, nada. Aqueles parceiro estão sexualmente em cinzas.

Um deles acha que não vai haver tesão, desejo que se volte a acender. Mas e ser for surprendido por beijos, abraços, por uns olhos e por uma boca cheios de desejo, daqueeles que causam arrepios.

Primeiro não se resiste, e tudo pega fogo. Mas depois não fica a sensação estranha de saber por onde é que ele andou? Em quem aprendeu a fazer tanta coisa nova? Em que corpos tocou?

Ou esquecemos, porque afinal de contas foi para nosso prazer?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Encaixamos ou não?

Pensava eu, ingenuamente, que todos encaixávamos. O resto era jeito e vontade. Mas a Marta explicou-nos que não, nem todas as anatomias se encaixam.

Fiquei perplexa  então uma coisa desta importância e não é divulgada ao mundo e incutido em nós desde a adolescência? Oh filho, tu vê lá se encaixas bem! Oh filha, tu experimenta se encaixas porque senão estás lixada!  Os orgasmos não aparecem do nada!

Muita tristeza e divórcios se haviam evitado.

Por isso atenção! Não é só performance, tamanho e coiso e tal, agora podemos sempre argumentar que o mal é dos encaixes!




sábado, 17 de novembro de 2012

Beijos

Os beijos são importantes? Para mim são e muito. Sem beijo não há amor, há sexo e desenxabido  Sem o caminho de cima estar aberto o de baixo jamais se abrirá.

E para os homens? Valorizam o beijo ou para eles é uma etapa ultrapassável? 

Gosto de me afundar em beijos, de sentir desejo pela boca do outro, do jogo inicial do beijo (quase um fleart). Gosto de roubar beijos e ser roubada. gosto dos arrepios, que o beijo provoca.

Gosto do descontrolo a que o beijo leva, mas também amo o beijo sereno que nos dá paz, força, aquele que nos faz sentir amor puro, carinho, ternura, o que nos diz está tudo bem!


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Expor-nos ou não

Até aonde nos podemos expôr? Com os nossos erros aprendemos a guardar o que temos e somos dentro de nós. Pessolamente não consigo, ou melhor consigo mas quase rebento. A razão de termos pessoas que nos rodeiam é para isso mesmo, falarmos, ouvirmos.

Infelizmente a actual sociedade não nos permite essa liberdade, a desconfiança prevalece, não confiamos, temos medo! Para falarmos pensamos nela 20 vezes,  e mesmo assim ela cai nos na cara como um meteorito!

Vale-nos os blogues!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Escrever

Escrever é uma forma de nos expressarmos, à quem se sinta inibido de o fazer por achar que não tem capacidade para o fazer. O segredo é só falar por palavras!

Se damos erros, a prática vai permitir eliminá-los, nenhum bebé caminha sem cair. Os correctores ortográficos facilitam a vida. Não há desculpa.

Nem todos podemos saber tudo, mesmo que rocemos a perfeição, não somos perfeitos e dominamos tudo. Há tanta coisa em que dou erros bem mais grosseiros que colocar mal as vogais!!!!

Expectativas

As  expectativas que criamos raramente são atingidas. Muito menos quando falamos de amor.

Achamos sempre romanticamente que se muda por amor, o outro vai moldar-se a nós, por amor!

Pois sim! Mas o que é que fazemos? Vamos de férias separados porque um gosta de praia e o outro não? Um vai ver comédias românticas e o outro acção?

Não sei que resposta haverá para estas perguntas, porque desisti! Desisti de ter expectativas ou de acreditar!

Mas um dia e por momentos pensei, e se o mal for esse, podemos gostar de coisas diferentes, ir parta sitios de que não gostamos, mas se a companhia for boa? Se nos fizer esquecer do sitio em que estamos, a praia podia parecer um linda montanha?

Isto é possível? Existe? Ou estou a ter mais um pensamento demasiado romântico?

Quase sou capaz de apostar que não. O melhor e fazermos pela nossa felicidade, vai connosco quem quer e nós não vamos atrás de ningém que nós mesmos.

Há uma linha que nos separa

Qual é o limite para uma mulher passar a ser apelidada de galdéria, fácil, oferecida?

Se um homem flearta, brinca, diz umas graças; é até charmoso e merece o respeito dos seus pares. Mas e se for uma mulher?

Pelas do mesmo género de certeza que não é apelidada de mulher profissional e de respeito. E qual é a visão dos homens? Passou para fácil, carente e que só quer uma coisa que eles sabem e tanto pensam? Há volta da mesa do café, do almoço ou sempre que se reúna mais que um é motivo de risadas. Umas escondidas outras menos. Criando por vezes uma espécie de clube cujo objectivo é conseguir mais uns minutos de boa disposição à custa da outra que nem sonha ser o motivo de tanto sururu.

Quando é que se passa a linha do respeito por nós, para o desrepeito com que nos vêm? Ou somos todos iguais ne isto é uma visão dos géneros no século passado. Pessoalmente acho que há coisas que nunca mudam.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Kikas

As casas de alterne sao um mundo desconhecido para a maior parte das mulheres, na minha faixa etária nem nos lembramos que existem e que os nossos maridos ou companheiros as possam procurar.

Este fim de semana vi um programa em que as intervenientes eram a proprietária e trabalhadoras da Kikas, sitio muito conhecido pelos mais experientes. E fiquei rendida, a senhora com uma postura ética, profissional que nao imaginava que houvesse naquel meio. Surprendeu-me o facto de hoje em dia os homens procurarem nuitas vezes estas casas para terem atençao em vez do suposto sexo, pelo que deduzo que sexo há muito e para todos os gostos, alguém com quem falar e com disponibilidade de ouvir é que há pouco.

Gostei dos conselhos dados às mulheres, para serem criativas, procurarem o seu prórpio prazer e desinibirem-se. Acho que as mulheres da geraçao mais nova, sao muito mais abertas a sexo, até demais, mas a minha geraçao sempre procurou o amor. Secalhar fomos enganadas pela Cinderela, será que ela viveu feliz para sempre se nao se sentia desejada? Foi feliz para sempre se sentia que nao provocava tesao? Claro que o mesmo em sentido contrário, mas aqui falo pelas mulheres! 

Em conclusao, vamos lá pôr os conselhos da Kikas em prática, resignarmo-nos a aceitar aulas de quem sabe! Mas nao nos podemos esquecer, temos de ouvir e mimar porque caso contrário a Kikas e concorrentes nao se podem queixar da crise.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Traquinices

A boa disposição gera mais energia positiva e faz o tempo andar mais depressa. Mas e se somos um escape, uma brincadeira oca, infantil e sem consequência como a dos miúdos de 2/3 anos? Gera o quê?  Não podendo trazer mais nada, não há como não fugir a uma certa mágoa, pela frieza do distanciamento.  


Mas podemos proibir os putos de brincar, sem que eles nos deixem virar costas e ainda façam pior?


domingo, 11 de novembro de 2012

Quem é a oposição?

Li um texto do Ricardo Araújo Pereira, aqui, simplesmente magnifico. O humor político do Ricardo está cada vez mais aprimorado e  demonstra aos nossos competentíssimos políticos, que a oposição não está nos partidos. 

Os nossos políticos que tanto gostam de falar na televisão, que vão fazer algo mais produtivo, para que a Srª Merkel que se orgulhe de nós. Porque fingir não é bonito, e eles estão sempre a fingir que estão na oposição, quando na verdade estão à espera, à espera do novo cargo. O Sr prof. o que disse ontem com tanta convicção, hoje jura que deverá ser exactamente ao contrário. Agora desapareceu, tem sido avistado de quando em quando, para sabermos que ainda vive mesmo com a miserável reforma de que dispões. Coitada da Maria não pode  incluir bife todos os dias na ementa, tem de cozinhar mais hidratos. 

O texto do Ricardo:aqui.

Despedimento colectivo

A minha empresa vai fechar, apesar de não ter problemas financeiros ou de tesouraria. A multinacional detentora de 90% do capital, decidiu que não queria perder dinheiro em Portugal em 2013, por incrível que pareça não agradecerem a Portugal os milhões que já cá ganharam. Mal agradecidos!

Então em Abril fez-se um primeiro despedimento colectivo, mal feito por ser em cima do joelho, sem negociações e com os trabalhadores em angústia com receio de não receber o que lhes era devido. Esse receio obrigou-os a comer e a calar, a não procurarem ajuda legal, a não reclamarem todos os seus direitos. Foram claramente vitimas de bulling.

Em Outubro fomos informados que a empresa ia fechar e íamos ser alvo de despedimento colectivo  Não aprenderam nada, os advogados começaram a meter os pés pelas mãos nas primeiras cartas. Reclamámos, as segundas cartas traziam pelo menos os valores correctos, como só queremos receber, 50% não reclamou, os outros colegas foram procurar informação. Para espanto de todos as cartas estavam todas de tal forma incorrectas, que não teríamos sequer direito a subsidio de desemprego.

Terceira carta recebida, e amanhã data de saída para 70% dos colaboradores, vão ser negociado novos prazos de saída, o que implica novos valores nos montantes a liquidar. E depois para não dar muito trabalho aos senhores advogados, irá a empresa pôr por escrito o acordado. 

Ora bem, se estivéssemos noutro país isto não acontecia, penso que nem a empresa, no seu país de origem , conduzia o processo desta forma. Os trabalhadores teriam procurado cuidar dos seus direitos.

Mas estamos em Portugal, o ACT de uma determinada cidade leu uma carta e informou que estava correcta. Foi preciso ser a mesma identidade noutra cidade a informar dos erros grosseiros da referida carta. Os trabalhadores não têm apoio, o estado que vai acolher mais desempregados não se interessa por proteger empregos, por penalizar empresas que não tenham cumprido a legislação, que provavelmente tenham lesado o fisco.

Porque nós somos o bom aluno, não queimamos ou partimos nada, seguimos os brandos costumes. Mesmo quando estamos a afundar a nossa sociedade, o nosso futuro. Será que se nós os trabalhadores contratássemos um advogado caro e competente, ganhávamos alguma coisa? Ou ganhávamos só uma conta exorbitante, porque falamos de uma multinacional. Que não quer perder dinheiro, não pela sua má administração e estratégia de negócio, mas porque afirma que Portugal é caloteiro e desorganizado.

A EUROPA NO SEU MELHOR

Ir ao cinema

Depois da minha vida parar, fiquei suspensa, à espera, à espera de uma operação. Sem pensar na doença ou no pós cirurgia. Estava a ver um filme que ficou em pausa, até alguém dizer podes continuar a ver. Sem perceber que depois iria questionar-me do porquê da paragem, ou se iria  haver mais cortes ou se conseguia ver o filme até ao fim.

Foi uma espera de cinco meses, de muita angústia, ansiedade, até dor física porque a um determinado momento a ansiedade passa para o corpo, que se ressente. Se estava sol tinha medo, se chovia, podia constipar-me, se calçasse saltos podia cair, se fosse de saltos rasos podia escorregar, se beijasse podia sentir-e mal, fazer amor podia fazer ter-me outro derrame. Vivi assim cinco longos meses, não vivi ultrapassei um dia de cada vez à espera de ter ordem para entrar no bloco.

No dia 11 de Setembro a ordem estava dada, e foi um dia feliz! Por fim chegara o dia, sem medos, sem nervosismos, entrei sorridente, em paz e sem passar no depois. Sem pensar até nos outros que me rodeavam e que sofreram muito mais que eu, nesse dia.

Ao longe as primeiras palavras que ouvi, deixaram-me tranquila " Anabela, correu tudo bem". depois tudo se passou com a maior simplicidade, um dia com algumas dores, outro com menos. Mas dois meses depois, tudo passou. Só não passou o que nunca eu tinha tido: medo do futuro, consciência da minha fragilidade, a incerteza. 

Cada dia que passa falo mais na operação, na doença. Penso que foi porque tanto fugi do assunto que agora tenho de o viver. 

Ainda não aprendi a sentar de novo, recostar, pegar nas pipocas e curtir o filme. Quem sabe se já é amanhã que isso acontece.

Quando vencemos sabe bem, mas para isso temos de saborear a vitória e não questioná-la. Não é?